AO AMIGO VICENTE CAETANO, O SENTIDO ADEUS
30 de novembro de 2009 - 03:00
O falecimento do ex-colega ematerciano, Vicente Caetano, domingoúltimo, 28 de fevereiro de 2010, pegou-me de surpresa, pois meencontrava fora da empresa, participando de um curso, e não sabia que tinha-se submetido a uma cirurgia do coração, no hospital AntonioPrudente, em Fortaleza, e, no dia seguinte, um AVC (Acidente VascularCerebral) fulminante vitimou-o.
O amigo mudou-se, para o além, aos 58 anos, fora do combinado, como serefere o apresentador de Televisão, compositor, escritor e poetaRolando Boldrin, ao mencionar, em seu programa Sr. Brasil, os nomes dosamigos ou conhecidos que falecem antes dos 70 anos de idade.
Na verdade, a morte de Vicente Caetano causou-me tristeza e, ao mesmotempo, saudades daquele com o qual sempre brincava, jocosamente, aochegar à Ematerce, batendo à porta de sua sala de trabalho, falando-lhebem alto: Acorda, cara, vamos trabalhar. Se não quiser trabalhar,diga-me. É que ele chegava mais cedo do que minha pessoa e eraresponsável, dentre várias atividades, pela entrega dos jornais a mim eà diretoria executiva e afixar cartaz, folder, recortes de jornal noflanelógrafo. Fazia questão também de ligar o televisor, para que euassistisse ao Bom Dia Brasil e aos jornais televisivos locais.
Hoje, ao passar defronte à sua ex-sala, repeti a ação, acima citada,como homenagem-póstuma ao amigo e colega de trabalho, cuja ausênciafísica sempre a sentirei. Vicente foi um colaborador ematercianocompetente, criativo, bem-humorado, educado, ético, comunicativo e ?paupra toda obra?, como se diz na gíria, afora amigo sincero e de condutaexemplar no emprego e na vida familiar. Era querido por todos osematercianos, sobretudo pelos que conviviam no seu dia-a-dia. Emsíntese, ensinava mais com os exemplos do que com as palavras.
O amigo Vicente Caetano era incansável em seu trabalho e atencioso comas pessoas que dele se aproximavam, independentemente de privar ou nãode seu círculo de amizade. Tristeza não era com ele. Gostava de brincarcom as pessoas mais íntimas, provocando-as a sorrirem de suas ?tiradas?hilariantes. Era uma pessoa agradável, respeitadora e que conhecia seuslimites funcionais na empresa. Sempre cumpriu suas tarefas comprofissionalismo.
Ao final desta mensagem-póstuma para quem aprendi a gostar, a admirarpela simplicidade, a tê-lo como amigo sincero, a respeitá-lo pelacriatura humana maravilhosa e pelo trabalhador modelo, resta-me,apenas, dar-lhe o meu sentido adeus, dizendo-lhe: Vicente, o essencialé que você continuará vivíssimo, na mente e no coração, de quem teve ahonra de lhe querer bem e de reconhecê-lo uma figura humana sensacionale que, nesta vida, somente praticou o bem.
Amigo Vicente, aí de cima, saiba que continuarei tirando-lhe ochapéu.Valeu mesmo a sua passagem por esse planeta.Parafraseando aimortal escritora e poetisa Cecília Meireles, tenho a certeza de que,ao chegar ao céu e ao bater à sua porta, como que a pedir licença paraentrar, São Pedro, conhecedor de suas ótimas ações na Terra, disse:?Entre, Vicente, você não precisa pedir licença?.
Antonio José de Oliveira
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ANTONIO JOSÉ DE OLIVEIRA
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