Projeto de Apicultura incrementa produção em Madalena

18 de junho de 2018 - 03:00

Com recursos do Projeto São José III, a Ematerce vem acompanhando com assistência técnica a produção de mel, na Comunidade Sabonete, no município de Madalena, distante 162 quilômetros de Fortaleza, Sertão de Quixeramobim. Até o final do ano de 2018, a produção será incrementada com o funcionamento da Casa de Mel.

 

fotos: Tuno Vieira

A desoperculação é a primeira etapa do beneficiamento do mel

 

A maioria dos produtores da Comunidade Sabonete e zona rural de Madalena já trabalhavam na extração do mel, mas sempre intercalando a atividade com outras ocupações como agricultura de sequeiro (milho, feijão). Há cerca de 20 anos, o produtor e vice-presidente da Associação Comunitária de Sabonete, Francisco Lenilson Rodrigues de Sousa, mais conhecido por Piá, responsável por 40 colmeias, vem coordenando a transição para uma maior profissionalização do setor.

 

A expectativa para a chegada dos recursos do Projeto São José III vem com a certeza de que as atuais duas toneladas de mel produzidas anualmente pode ter um importante incremento, melhorando não apenas a produção, mas a qualidade do produto que vai chegar à mesa do consumidor final. “Atualmente, já vendemos o mel para um grande grupo industrial que atua no beneficiamento do mel, mas podemos ampliar esse mercado como as feiras da agricultura familiar e grandes eventos. Às vezes ficamos na expectativa só do convite”, disse Piá. O projeto vem sendo desenvolvido desde 2015.

 

 

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Mel é introduzido cada vez mais na culinária das famílias

 

De acordo com o técnico de campo Ulisses Gonçalves, do Projeto São José III, a conclusão da Casa de Mel está prevista para dezembro de 2018 com financiamento no valor de R$ 189 mil pelo Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento (Bird). Além de uma unidade de beneficiamento de mel, o objeto do plano de negócio contemplará a aquisição de centrífuga, garfo, mesa, peneira, devastador e bandeja industriais.

 

O valor total do projeto é de R$ 339.823,00 com a contrapartida da associação de 2% e do Governo do Ceará de 8%, atendendo um total de 23 famílias da comunidade com o Projeto Produtivo de Apicultura, ATER no valor de R$ 13.368,00 e aquisição de equipamentos e material permanente no valor de R$ 111.550,63.

 

Com uma área total de cerca de 250 metros quadrados, com toda instalação elétrica quase 100% pronta, abastecimento d´água garantido, a Casa de Mel é a esperança de que o mercado de produção de mel aqueça.

 

Aproveitamento

 

Com a assistência pela Ematerce, os cuidados para se obter melhores resultados já são um dado concreto para os produtores. Segundo o agente rural Antônio Pádua Moura de Sousa, pelo menos uma vez por semana é realizada uma visita técnico com o intuito de acompanhar os agricultores, identificar como está sendo desenvolvido o manejo do solo, a substituição das abelhas rainhas, o plantio de árvores nativas para o melhor aproveitamento das colmeias, o reflorestamento. “É importante obedecer a um padrão produtivo para alcançar um resultado mais efetivo”, explica Pádua.

 

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Produtores da Comunidade Sabonete fazendo o descarregamento dos apiários

 

Toda a atividade de assistência técnica tem o assessoramento Lúcia Vitoriano de Lima, gerente local e Onésimo Pereira, gerente regional da Ematerce. Com a chegada do Projeto São José, o Plano de Negócio, as demandas, reuniões, encontros regulares vêm definindo o desenvolvimento produtivo das ações.

 

Um dos próximos passos é tentar inserir o mel nas escolas através do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA). Atualmente, toda a venda é consorciada coletivamente com os associados e o lucro individualizado com a produção de cada pessoa. “Há uma empolgação por parte dos produtores com essa nova fase do trabalho e o nosso acompanhamento e capacitação vem identificando todas as potencialidades para um rendimento”, acrescenta Lúcia.

 

Economia familiar

 

Toda a infraestrutura para ampliar mercado, melhorar os processos produtivos, fidelizar clientes, está prestes a acontecer com a segunda etapa do Projeto São José. Mas uma realidade já faz parte do dia a dia de várias famílias da comunidade: é a inserção do mel como produto diário e que toda a família também já faz parte.

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A gerente local da Ematerce Lúcia de Lima explica toda o trabalho

de assistência técnica que é desenvolvido no projeto

 

 

O filho de 16 anos, Alisson Mesquita de Sousa, já atua como apicultor com o pai e com o amigo Francisco Leonilson Rodrigues de Sousa, de 20 anos, que comercializa o produto para Fortaleza. Já a servidora pública Cláudia Mesquita não atua na produção, mas em toda a firma de aproveitamento do mel na rotina da casa.

 

Da tapioca, ao queijo, cuscuz, bolo, milho, frutas, cereais, praticamente tudo pode ser um alimento saboroso com o acréscimo do mel. Além de saboroso, nutritivo, é de fácil manejo na culinária e aquisição comercial.

 

 

Assessoria de Comunicação Ematerce

Aécio Santiago –  aecio.santiago@ematerce.ce.gov.br

  

Edilmo Gurgel –  edilmo.gurgel@ematerce.cegov.br

 

 

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