Ematerce e Embrapa irão acompanhar mortandade de rebanho nos Inhamuns

7 de outubro de 2020 - 18:10 # #

Aécio Santiago - aecio.santiago@ematerce.ce.gov.br

Pesquisadores da Embrapa e técnicos da Ematerce acompanham um possível surto de verminose, que teria atingido o rebanho de ovinos e caprinos na Região dos Inhamuns e Jaguaribe ao final deste inverno de 2020.

De acordo com o presidente da Ematerce Antônio Amorim, após esse período chuvoso, a pastagem ficou um pouco mais fraca e houve uma possível resistência dos animais ao vermífogo, o que pode ter causado a mortandade dos animais. “Isso nos traz muita preocupação, mas estamos acompanhando junto com a Embrapa as pesquisas para detectar o que de fato ocorreu, com um técnico nosso indo a campo para ajudar nesse estudo e os produtores se organizando para fazer o melhor manejo de alimentação e de saúde animal”, orienta Amorim.

Segundo os criadores, há relatos de prejuízos em torno de R$ 25 mil a R$ 45 mil. Principal suspeita é de surto de verminose, caracterizado por diarreia e anemia. Alguns criadores da região dos Inhamuns relatam perdas superiores a 30% do rebanho.

Estudo

A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) Caprinos e Ovinos, em Sobral, na região Norte do Estado, está apurando as causas das mortes. A princípio, a Embrapa trabalha com a hipótese de ser um surto de verminose. “Nesse período de pandemia não foi possível irmos a campo para avaliar com mais precisão, mas já fizemos reuniões online para orientarmos os criadores e planejarmos as nossas ações a partir dos relatos colhidos”, explicou o veterinário da Embrapa, Marcel Teixeira.

Ele explica que a verminose é um dos principais problemas sanitários do rebanho de caprinos e ovinos. A doença afeta a digestão e a absorção de nutrientes; reduz eficiência reprodutiva e consequentemente a produtividade geral do rebanho. A verminose, no entanto, ocorre com maior regularidade em período chuvoso, quando a pastagem está úmida. Já a mortandade do rebanho em ambas as regiões teve início já no início do período da pós-estação chuvosa. “Apesar da suspeita inicial, vamos realizar exames de fezes e outros diagnósticos clínicos para descobrir as reais causas”, acrescentou Marcel.

Fonte: Cnews