CEARÁ CONSOLIDA VOCAÇÃO COMO GRANDE EXPORTADOR DE MEL

30 de novembro de 2009 - 03:00

 

 

 

 

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Nem a crise econômicaque assolou o mundo em 2009 e os embargos impostos pelo mercadoeuropeu foram capazes de deter a expansão das exportações do melnacional. Em 2008, o volume de vendas duplicou, atingindo a cifra deUS$ 43,57 milhões, representando um incremento de 106 por cento emrelação ao ano de 2007. Nos 11 primeiros meses do ano passado, omercado americano, nosso maior cliente, importou 63 por cento daprodução nacional, o que implica um volume negociado de US$ 38,36milhões. Esses dados reforçam a atenção dedicada pelo setor deapicultura da Ematerce aos produtores familiares de mel de abelha,incentivando o cultivo e vislumbrando o potencial econômico que oproduto representa para o Ceará.

 

Segundo o MédicoVeterinário e articulador de apicultura da Ematerce, Crisanto AlvesAraújo, o mel produzido em nosso Estado é de excelente qualidade eem nada fica a dever ao produzido em outras regiões do país. Aafirmação é reforçada por dados concretos. Em 2008, o Ceará foio Estado brasileiro que teve melhor preço/kg do mel nas exportações,US$2,62, bem acima do conseguido pela média nacional que foi de US$2,38/kg. Aliada à qualidade do produto, a obtenção de um valoracima do praticado no mercado deve-se também ao fato de o Estado serum grande exportador de mel orgânico e possuir três entrepostoshabilitados à exportação para a Europa.

 

Para se ter uma idéiado crescimento vertiginoso que o mel vem alcançando nas exportações,em 2007, o preço/kg do mel era vendido ao mercado estrangeiro porUS$ 1,64. O valor atingido no ano de 2008 quebrou o recorde doconseguido em 2003, US$ 2,36/kg de mel, até então o maissignificativo.

 

DESAFIOS

 

Em 2008, o setorapícola brasileiro venceu grandes desafios no mercado internacionalde mel. Com o fim do embargo europeu ao produto, em março daqueleano, o setor, que é o 11º produtor mundial de mel e 9º maiorexportador teve que enfrentar novas barreiras como a implantaçãodas Boas Práticas e do sistema HACCP/APPCC (Análise de Perigos ePontos Críticos de Controle) nos entrepostos e casas de produção.Além disso, passou a ser exigido o registro das casas de mel(unidades de extração) como “Estabelecimento Relacionado – ER”,junto ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento –MAPA.

 

Vencidas essas etapas,sete empresas brasileiras exportaram mel de abelha para a UniãoEuropeia em 2008, sendo três do Ceará, duas de Santa Catarina, umade São Paulo e outra do Paraná. Entretanto, das sete, apenas duasempresas de Santa Catarina responderam por 71 por cento do valortotal exportado.

 

De janeiro a novembrode 2009, 63 por cento das exportações do mel brasileiro tiveramcomo destino os Estado Unidos, representando US$ 38,36 milhões emvendas. O segundo maior comprador da nossa produção de mel foi aAlemanha, que importou US$ 12,01 milhões ou 19,7 por cento do totaldas nossa importações. Reino Unido e Canadá aparecem em terceiro equarto maiores compradores do mel brasileiro nos primeiros 11 mesesde 2009, respectivamente. US$ 5,86 milhões ou 9,6 por cento foi ovolume negociado com o Reino Unido, enquanto para o Canadá foramexportados 4,2 por cento da produção nacional de mel o q equivale aUS$ 2,59 milhões.

 

RANKING

 

Em relação a 2008,quando figurava em terceiro lugar no “ranking” nacional deexportador de mel, o Ceará subiu uma posição, ficando, em 2009,como segundo colocado, perdendo apenas para São Paulo que continua aliderar a lista. Veja abaixo o comparativo entre os dois anos.

 

 

 

 

ANO 2008 – US$ EM MILHÕES

ANO 2009 – US$ EM MILHÕES

1- SÃO PAULO – 13,3

1- SÃO PAULO – 16,43

2- RIO GRANDE DO SUL – 8,69

2- CEARÁ – 12,82

3- CEARÁ – 6,74

3- RIO GRANDE DO SUL – 9,11

4- PIAUÍ – 4,41

4- SANTA CATARINA – 7,33

5- PARANÁ – 3,80

5- PIAUÍ – 5,56

6- SANTA CATARINA – 3,52

6- RIO GRANDE DO NORTE – 4,20

7- RIO GRANDE DO NORTE – 2,11

7- PARANÁ – 4.00

 

 

 

 

Em 2008, o Cearáobteve o melhor preço /kg na exportação do produto, US$ 2,62/kg. Já em 2009, a média do preço do mel para exportação foi de US$2,51/kg. O menor preço por quilo foi obtido por Minas gerais, US$2,27, e os melhores, também por quilo, ficaram com Mato Grosso, US$2,90; Bahia, US$ 2,89, e Maranhão, US$ 2,76/kg

 

 

Fonte: Depla/Secex/MDIC

 

 

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