LAVRAS DA MANGABEIRA: GRUPO DE AGRICULTORES DE OITIS CAPTA ENERGIA SOLAR

30 de novembro de 2009 - 03:00

 

Com assistência técnica agropecuária e gerencial, contando com apoio da Secretaria do Desenvolvimento Agrário do Ceará (SDA), a Ematerce, escritório de Lavras da Mangabeira-CE, orienta quatro famílias de agricultores, na comunidade de Oitis, a captar energia solar (energia limpa) para acionar uma eletrobomba, visando irrigar, por gotejamento e pelo método Santemo (mangueiras com pequenos furos), culturas orgânicas de alface, coentro, cebolinha, quiabo, além da plantação de 200 pés-de-mamoeiro e 70 de goiabeiras.

 

A pioneira ação extensionista, numa região semiárida do Ceará, precisamente no município de Lavras da Mangabeira, comunidade de Oitis, foi alvo de uma reportagem do programa Diário do Campo, exibido, sábado último, às 6 horas da manhã, pela TV Diário, matéria produzida pelo repórter Aurélio Menezes e pelo cinegrafista Emerson, acompanhados pelo gerente local da Ematerce, Engº Agrº Kleber Correa, e pelo assessor de comunicação e ouvidor da Ematerce, Jornalista Antonio José de Oliveira.

 

O projeto, cuja entidade gestora é a Associação dos Pequenos Agricultores Familiares de Oitis, presidida pelo agricultor familiar José Nailton Araújo de Alencar, ajuda a produzir frutas e verduras orgânicas, sem o uso de agrotóxicos, o que contribui para a não-poluição do meio ambiente, além de deixar as famílias tranquilas, no tocante a consumir alimentos sadios. Para ele, a satisfação dos que tocam o projeto, com orientação da Ematerce de Lavras, é grande, pois possibilita a participação de todos, no cultivo e na renda, do que for vendido para terceiros. Resumindo sua opinião, declarou: “Trata-se de um trabalho de forma associativa muito compensadora”.

 

Para o agricultor Cícero Henrique, o melhor de tudo é comprovar que, com o uso de um pequeno painel solar, é possível bombear água e distribuí-la, por gotejamento e pequenos furos em mangueiras, na irrigação do cultivo protegido de tomate, coentro, cebolinha, pimentão e alface, evitando-se, assim, a entrada de insetos(pragas) e obter maior produção e produtividade, sem poluir a natureza, bem diferente, caso fossem usados agrotóxicos no controle de pragas e doenças.

 

O agricultor José Henrique comentou que a redução dos custos da produção de hortaliças e de algumas fruteiras, usando a energia solar, para irrigar as plantas, por gotejamento e com furos em mangueiras (método Santemo), dá maior margem de lucro e diminui, também, a mão-de-obra, no campo, mesmo com a prática da biocompostagem (inseticida natural), colocada ao longo da plantação.

 

A dona de casa Maria do Socorro, entusiasmada, disse que vem fazendo pratos deliciosos, complementando a alimentação da família, com verduras e frutas sadias, vez que não contêm venenos(agrotóxicos), sem causar problemas à saúde. Sua satisfação era manifestada pelo sorriso de um canto a outro da boca. Já a dona de casa Emília Araújo falou do trabalho de instalação de uma farmácia-viva, que produzirá remédios caseiros, fabricados à base de eucalipto, acerola, cidreira, capim-santo e de outras plantas nativas, evitando a compra de medicamentos da indústria farmacêutica no tratamento de algumas doenças.

 

PROJETO PIONEIRO

 

Segundo o gerente do escritório local da Ematerce, Engº Agrº Kleber Correia de Souza, a concretização do grande desejo da comunidade de Oitis, ou seja, a instalação de um painel solar, para captar energia (energia limpa) e usá-la, no acionamento de uma eletrobomba, cuja água serve para irrigar pequenas áreas de fruteiras e hortaliças, realizou-se, em junho de 2008, e foi concluída no começo de 2009.

 

Informou, ainda, que essa ação extensionista vem dando certo e merece ser adotada por agricultores de outros municípios, mediante a construção de painéis solares, aproveitando-se o potencial solar(mais de duas mil e oitocentas horas, por ano, no Estado), o que assegura colher-se produtos hortigranjeiros não contaminados por agrotóxicos, sem falar da redução de custos operacionais (quase zero) na captação de energia solar bem diferente dos gastos com o uso da energia elétrica na irrigação de culturas em pequenas áreas.

 

O gerente da Ematerce esclareceu, em seguida, que o projeto recebeu financiamento do Governo do Estado, Instituto Agropolos e Aprosemse, tendo como contrapartida a mão-de-obra das famílias dos quatro agricultores-beneficiários num total de 20 pessoas.

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ASSESSOR DE COMUNICAÇÃO E OUVIDOR

JORNALISTA ANTONIO JOSÉ DE OLIVEIRA – antoniojose@ematerce.ce.gov.br

FONE 854.3217.7872