Palavra do presidente da Ematerce

17 de fevereiro de 2011 - 03:00

O mundo, nestes últimos dez anos, tem passado por uma transformação radical. A internet tem tido um poder tão grande e feita uma comunicação tão rápida que a terra parece que deixou de ser redonda para ser plana. De qualquer parte do globo, hoje, é possível, graças à comunicação rápida, assistirmos a revoluções nos métodos de comportamento, de produção, atingindo a tudo e a todos. Isto se manifesta em todos os setores: no político, no econômico e no social.

 

O exemplo mais recente de tudo isto foi a derrubada do governo da Tunísia, a iminente derrocada do Governo do Egito, que foram incapazes de censurar a internet. Quem poderia imaginar algo assim há vinte ou trinta anos. Na assistência técnica e extensão rural, a comunicação também deu as suas beliscadas , despertando nelas soluços de mudanças. Saímos da revolução verde, dos pacotes tecnológicos embrulhados, para a realidade do homem rural, no seu humanismo telúrico, onde o meio ambiente, a herança cultural são importantes para uma análise daquele que faz agricultura, principalmente no semi-árido cearense.

 

É preciso respeitar a cultura, o acumulado de conhecimentos do produtor, porque tudo isso foi sedimentado de geração em geração. Não podemos mais ser escravos da produtividade, que degrada, que enxarca e que embebe nossos solos com veneno e pesticida. Temos de perseguir uma produtividade econômica, com a qual protejamos o equilíbrio da natureza, sem degradá-la e que ofereçamos um produto final que leve segurança alimentar ao consumidor.

 

Depois deste preâmbulo, perguntamos? Quais são as picadas e veredas que o extensionista tem de trilhar ?

 

1 – ÉTICA. O que é? Não é nada mais nada menos que uma filosofia de comportamento. O extensionista tem de ficar eqüidistante da tecnologia acadêmica, dos conhecimentos empíricos do produtor, da preservação do meio ambiente, retirando destes três elementos, dosagens corretas, para promover o desenvolvimento autossustentável do produtor e de sua comunidade.

 

2 – AMAR O TRABALHO – Não se pode ser extensionista, ficando preso no escritório. Tem de ir à propriedade, à comunidade, ser curioso, ser holístico, olhando o homem, no seu contexto global, para descobrir onde colocar corretamente a ação extensionista.

 

 

3 – CAPACITAÇÃO. O extensionista tem de estar sempre e, continuadamente, capacitando-se, atualizando-se e fazendo o mesmo com com seus agricultores. Para isso, é necessário programar todas as ações. Se não agirmos assim, com a facilidade de acesso às informações, poderá o técnico ficar a ver navios, quando questionado por algum agricultor bem atualizado.

 

(AUTOR: ENGº AGRº JOSÉ MARIA PIMENTA – PRESIDENTE DA EMATERCE)

 ===================================================================

Assessor de Comunicação e Ouvidor

Jornalista Antonio José de Oliveira – antonio.jose@ematerce.ce.gov.br

Fone 85.3217.7872