Produtor planta maxixe e quiabo na zona do carrasco em Viçosa do Ceará
13 de janeiro de 2017 - 03:00
O produtor Agenor Francisco sendo orientado pelo técnico da Ematerce Antonio Francisco.
O município de Viçosa do Ceará, localizado na Zona Norte do Estado do Ceará , especificamente, na Serra da Ibiapaba, com população de 57.955 habitantes, sendo que 17.827 pessoas moram e trabalham na zona urbana e 37.125 habitam e trabalham no meio rural. Essa é uma característica rara, nos municípios, onde predomina a população urbana. Outra particularidade de Viçosa do Ceará é que, no mesmo município, existem as zonas úmida, caatinga e carrasco, com suas diferenças de solos, precipitações pluviométricas e de temperatura. Enquanto na zona úmida prevalecem temperaturas amenas e pluviosidade com até 1.500 milímetros/ano, no Carrasco e na Caatinga, a temperatura é alta e os volumes de chuva chegam à média de 500 milímetros/ano.
Produtor Agenor Francisco verificando sua produção de maxixe.
Com todas essas características adversas no Carrasco, o agricultor Agenor Francisco de Sousa, morador do assentamento Pirapora, no município de Viçosa do Ceará, produz, em três hectares de sua posse, as culturas de maxixe e quiabo, irrigados, por gotejamento, com água fornecida por dois poços profundos com vazão média de 2.500 litros de água por hora. Todo esse trabalho foi graças à persistente prestação de assistência técnica e extensão rural da Ematerce, por intermédio do escritório do supracitado município. No início de 2005, o produtor rural procurou a Ematerce e solicitou aos técnicos orientações, sobre a possibilidade de implantação das culturas de maxixe e quiabo. Após levantamento das condições técnicas, foram elaborados projetos Pronafs, destinados às perfurações de poços profundos e irrigação. Logo depois, houve financiamento para implantação de maxixe e quiabo.
Sistema de irrigação. por gotejamento. usado para produção de maxixe e quiabo.
Na atualidade, o agricultor familiar Agenor produz, a cada colheita, que são três, ao ano, 300 caixas de maxixes e 700 caixas de quiabos, empregando até 10 trabalhadores por safra. Acrescente-se que seu lucro líquido é de 50% em cada cultura. O bom é que a produção tem mercado certo, cujos compradores pagam à vista e pegam a mercadoria, à porteira da propriedade, levando-a, diretamente, para as cidades de Teresina, no Estado do Piauí e de São Luiz, no Estado Maranhão. Vale salientar que as colheitas e as entregas dos mencionados produtos são feitas diariamente.
Nos intervalos de produção de quiabo e maxixe, é plantado feijão-de-corda.
O técnico da Ematerce, do escritório de Viçosa do Ceará, Antônio Francisco, e sua equipe de trabalho convenceram esse produtor rural a implantar, nos intervalos, entre as colheitas do maxixe e do quiabo, um sistema rotativo de cultura, no caso o plantio de feijão-de-corda, cujos preços e mercado estão numa fase boa. Outra tecnologia, implantada, é a do aproveitamento de restolhos das culturas, após a produção, e os estercos dos rebanhos de ovinos e de caprinos, usados na adubação natural das culturas, fato esse que contribui para o não uso de fertilizantes químicos.
Assessoria de Comunicação da Ematerce
Texto e fotos – Jornalista Edilmo Gurgel
Revisão- Antônio José de Oliveira
Ascom- Ematerce (85) 3217.7872