Embrapa promove Dia de Campo em Barbalha
13 de novembro de 2017 - 03:00
A Embrapa promoveu, na manhã desta quinta-feira (9), na Estação Experimental Embrapa Algodão, Dia de Campo sobre Tecnologias Sustentáveis para o Semiárido 2017. O evento contou com a participação de integrantes da Secretaria de Desenvolvimento Agrário (SDA), Ematerce, Instituto Agropólos do Ceará e Faec
Técnicos, produtores, estudantes e professores participaram e discutiram, nesta quinta-feira (9), na Estação Experimental da Embrapa, no município de Barbalha, técnicas e Tecnologias Sustentáveis pra o Semiárido 2017 como parte integrante da programação do Dia de Campo.
Secretários de agricultura, profissionais do segmento agrícola e estudantes técnicos de agropecuária conheceram de perto os sistemas de produção das culturas de gergelim, amendoim, algodão branco e colorido e mamona, manejo integrado de praga, sistema de integração lavoura-pecuária-floresta, aptidão agroindustrial do gergelim e amendoim e máquinas e implementos agrícolas. O evento foi prestigiado por cerca de 250 pessoas.
Um dos setores mais produtivos no Ceará, a cultura do algodão foi um dos focos do Dia de Campo, destacando-se os experimentos já desenvolvidos pela Embrapa naquela região do Cariri. Para o chefe geral da Embrapa Algodão Sebastião Barbosa, as experiências que vêm sendo desenvolvidas na estação têm como objetivo dá mais produtividade e sustentabilidade ao cultivo de algodão, alcançar plantios mais tolerantes ao clima do semiárido, mais precoces e com mais qualidade de flores para o setor agroindustrial.
“O Ceará é o terceiro polo da indústria têxtil do Brasil e ainda importamos matéria-prima de Goiás e Bahia. Com o esforço dos nossos parceiros, já estamos verificando e selecionando os tipos de planta mais resistente a esta região mais seca, comparando as suas diferenças e desenvolvendo o próprio sistema para ganhamos mercado interno e interno e externo”, explicou Sebastião.
Durante a visitação às estações, os participantes puderam conhecer as pesquisas, variações genéticas e os tipos de sementes que estão sendo desenvolvidas para o bom crescimento na região do semiárido, principalmente o algodão, que teve seu auge produtivo nas décadas de 60 e 70 do século XX, quando foi atingido pela praga do bicudo por volta do início dos anos 80.
Conhecimento e inovação
Professor de Agronomia da UFCA (Universidade Federal do Cariri), no município do Crato, Felipe Camara orientou uma das estações, a de Produção de Amendoim em Função do Sistema de Cultivo, apresentando as diferenças entre o sistema de cultivo-produtivo para sequeiro e irrigado, destacando os nutrientes que podem ser utilizados como o calcário e a partir do tipo e profundidade do solo. “Aqui nós demonstramos com esta escavação as variações nutricionais que o solo pode apresentar e de que forma o produtor pode tirar melhor proveito disto”, explicou o professor.
Vencer os obstáculos da produção em meio aos problemas de estiagem e aperfeiçoar o processo de qualidade do que se produz. Com esta meta, os estudantes de de agronomia de escolas técnicas têm participado cada vez mais das experiências do Dia de Campo promovidas pelas entidades de assistência técnica rural como a Ematerce e de pesquisa agropecuária como a Embrapa.
Maria Isabel Sousa Barbosa, 16 anos, estudante de Agronomia da Escola Técnica Agropecuária de Jardim já sabe bem o que deseja com a conclusão do curso. “É interessante conhecer o tipo de algodão modificado geneticamente, mais resistente a região do semiárido e capaz de resistir à pragas. Quero trabalhar aperfeiçoando e conhecendo essas possibilidades e poder partilhar desse conhecimento para melhorar a produção do produtor rural”, disse empolgada Maria Isabel.
Assistência e extensão rural
Para o diretor técnico da Ematerce Itamar Lemos, encontros como o Dia de Campo são muito importantes para alinhar conhecimentos, lançar desafios, quebrar tabus. “Os jovens de hoje não se acomodam mais com os mesmos modelos de trabalho no campo como a enxada. Eles estão buscando tecnologias que incremente o processo produtivo. Por isso, é imprescindível esse intercâmbio com profissionais, produtores, pesquisadores, técnicos, que têm contato com essa realidade do campo e seus desafios”, esclareceu Itamar Lemos.
Assessoria de Comunicação Ematerce
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