Produtores discutem processos de colheita e pós-colheita do caju
22 de novembro de 2017 - 03:00
Produtores, técnicos e pesquisadores reuniram-se, nesta terça-feira (21), no município de Beberibe, com o objetivo de discutir estratégias para o melhor pós-colheita de clones de cajueiro-anão
Com o tema “Colheita e Pós-Colheita de Pedencúlos de Clones de Cajueiro-Anão”, técnicos da Embrapa, da Ematerce, Secretaria de Desenvolvimento Agrário (SDA) e da Secretaria de Desenvolvimento Rural de Beberibe participaram da palestra sobre técnicas e melhoramento no processo de pós-colheita. O evento é uma promoção da Embrapa Agroindustrial e a palestra foi ministrada pelo técnico e engenheiro agrônomo Carlos Farley.
O encontro faz parte de uma série já realizados pelas entidades responsáveis pela pesquisa e assistência técnica junto aos produtores rurais e que estão desenvolvendo algum trabalho com a cajucultura no Ceará. A atividade foi acompanhada pelo diretor técnico da Ematerce, Itamar Lemos, Francisco Paes Pinheiro, técnico da Ematerce em Beberibe e o assessor estadual da Cajucultura da Ematerce Egberto Targino.
Produtores e técnicos discutiram estratégias produtivas para a Cajucultura
O evento aconteceu no Centro Vocacional Tecnológico (CVT) e durante toda a manhã, os participantes puderam trocar informações, tirar dúvidas e constatar algumas realidades, que visam uma melhor dinâmica para aperfeiçoar o processo de pós-colheita de pedencúlos do caju-anão. Para o técnico Carlos Farley, algumas práticas no manejo pós-colheita pode ser decisivos para a baixa comercialização do produto, principalmente quando se trata do caju de mesa, aquele que vai direto para o consumo do cliente.
Carlos demonstrou várias situações onde o produto perde valor de mercado quando mal armazenado, selecionado e transportado. “Muitos frutos são colhidos e postos sem nenhum critério quanto à maturação, coloração, tamanho ou mesmo se estão doentes”, destacou Carlos. Um dos pontos mais abordados na palestra, foi o condicionamento do caju em caixas, sendo apresentados os principais problemas que têm provocado perdas na hora da comercialização do produto.
Incremento
Além de discutir os processos de colheita e pós-colheita do caju, os produtores puderam conhecer o que está sendo desenvolvido em outras regiões como no município de Pacajus e pesquisas que visam o aperfeiçoamento do manejo do caju em todo o Estado. Uma dessas pesquisas, que fez o plantio do caju-anão em duas regiões diferentes, visando diagnosticar os diferentes comportamentos de plantio, produção e colheita, resultou num estudo publicado pela Embrapa recentemente.
O plantio foi realizado nos municípios de Alto Santo (Sertão Centro-Sul cearense) e Beberibe (Litoral Leste), sendo identificado de que forma o plantio do caju reage ao solo, às condições hídricas, aos diferentes tipos de nutrientes, ao tipo de manejo, pós-colheita etc. “Identificamos, também, vários problemas como as condições de armazenamento para comercialização do produto. Caju próximo a produtos de limpeza como detergentes ou de higiene como escova de dente e shampoo. Além disso, toda a fase de condicionamento nas caixas é preciso um cuidado e uma técnica para não prejudicar as condições desse produto até a mesa do consumidor. Ventilação, a seleção, estar à sombra, são fatores que determinam a qualidade final do caju e seu valor de mercado”, esclarece Carlos.
Produção
Segundo o assessor estadual da Cajucultura, no âmbito da Ematerce, Eng° Agrº Egberto Targino Bomfim, o cultivo abrange todo o litoral, estendendo-se a diversos municípios do semiárido, constituindo uma das poucas e rentáveis opções de exploração da Agricultura local e regional.
Técnico da Embrapa apresentou os problemas na colheita e pós-colheita do caju
Informou, ainda, Targino, que a Cajucultura ocupa, até à presente data, uma área total colhida de 376.058 hectares, sendo 280.708 hectares de cajueiro comum e 95.350 hectares de cajueiro-anão precoce. Alcançou, em 2016, uma produção de 15.548 toneladas de caju comum e 15.420 t de caju-anão precoce.
Explicou, também, que se observando, de acordo com os dados apresentados, a área de cajueiro-anão representa apenas 25% da área total colhida com caju; entretanto, essa área foi responsável, na safra de 2016, por 50% da produção total de castanha “’in natura”.
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