Ematerce participa de reunião sobre cooperativa em Barbalha
23 de abril de 2018 - 03:00
Produtores, representantes de sindicatos de trabalhadores rurais, do Instituto Agropólos e associações reuniram-se no Centro Vocacional Técnico (CVTEC)de Barbalha para discutir a criação de cooperativa. O objetivo é viabilizar a comercialização de produtos na Ceasa de Barbalha
Cerca de 35 pessoas ligadas à associações de produtores rurais e entidades ligadas ao processo produtivo e de assistência técnica e extensão rural, estiveram reunidas no CVTEC, na manhã desta sexta-feira (20), para discutir a formação de uma cooperativa de produtores da agricultura familiar, para viabilizar e incrementar a comercialização de produtos na Ceasa Cariri, no município de Barbalha.
Presidente da Ematerce Antônio Amorim proferiu palestra sobre cooperativa
A reunião contou com uma palestra do presidente da Ematerce Antônio Amorim sobre Cooperativismo e com a participação de representante de entidades como o Instituto Agropolos do Ceará, da Ceasa, do CVTEC, da Semace (Superintendência Estadual do Meio Ambiente) corpo técnico da Ematerce, federação e sindicatos de entidades rurais e dos Perímetros Irrigados dos municípios de Mauriti e Brejo Santo.
Na opinião unânime dos participantes e envolvidos no processo de assistência técnica produção, a grande dificuldade é tornar os produtos da agricultura familiar viável comercialmente. “É urgente fortalecer o setor através do associativismo e cooperativismo, que ainda não é forte na região e nós do Agropolos estamos dispostos a contribuir para essa mudança”, disse o coordenador regional do instituto Francisco Evanildo da Silva.
Produtores e técnicos participaram da palestra realizada em Barbalha
O representante do CVTEC Hilton Luiz Leite Cruz exemplificou essa dificuldade com a realidade que é vivida diariamente na instituição, onde é produzido alevinos, mel, mas os produtos não podem ser comercializados. Na apresentação do presidente da Ematerce Antônio Amorim foram apresentados aspectos e princípios da formação de uma cooperativa como:
- Regime jurídico próprio;
- Gestão democrático;
- Adesão livre;
- Participação econômica de seus membros
- Autonomia; e
- Educação, formação e informação
“Um dos problemas que estamos vivendo ainda nesse setor é a falta de competitividade. Enquanto em São Paulo e no Paraná as cooperativas pagam 6% de ICMS (Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços), aqui no Ceará essa tributação chega a 18%. Felizmente, o Governo do Ceará está sensível a essa realidade e já tramita um projeto para reduzir esse imposto para 7%”, esclareceu Amorim.
Mercado
Especialista em cooperativisimo, Amorim ressalta de conhecer bem os processos de custo, de produção e de mercado. “Aqui no município do Mauriti, por exemplo, somente com o refugo da goiaba, consegue-se uma boa mercadoria para venda. No caso da carne, é fundamental a certificação para ter mercado e venda”, explicou Amorim citando a experiência bem sucedida do Projeto Pingo D´água, no município de Quixeramobim, onde a agroindústria de polpa de fruta vem produzindo manga, caju, goiaba, acerola entre outras.
Produtores irão se organizar para formação de cooperativa com participação de produtores do Cariri
Para José Álvares Coutinho Júnior, de associação de produtores do município de Jardim, o primeiro passo será essa apresentação sobre cooperativa, aprofundar o debate numa assembleia, depois capacitar produtores rurais e definir uma agenda de encaminhamentos para decidir o formato da cooperativa que será criada para atender a região.
Desafios
Para Pedro Renato Aguiar, produtor, agrônomo e coordenador do grupo para formação da cooperativa, é preciso unir três pilares para que o processo produtivo na regçai seja melhor aproveitado e o produtor rural consiga melhor preço e mercado para seus produtos. “Eu só acredito no sucesso dessa iniciativa se unirmos assistência técnica, parcerias institucionais e a participação dos agricultores. É importante saber a diferencia entre agroindústria e agricultura, venda privada do cooperativismo. Hoje temos casas de farinhas subutilizadas, maquinários parados; então é preciso fazer o diagnóstico de todo esse cenário econômico e produtivo”, disse Pedro Renato. A cooperativa deve reunir produtores de 40 municípios da Região do Cariri e adjacências.
Assessoria de Comunicação da Ematerce
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