Asbraer e Ematerce participam de encontro com secretário do MAPA em Brasília

5 de fevereiro de 2019 - 17:13 # # # #

Ascom / Aécio Santiago - aecio.santiago@ematerce.ce.gov.br

Em reunião com o secretário da Agricultura Familiar e Cooperativismo do MAPA (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento), Fernando Schwanke, dirigentes da Asbraer acompanhados pelo presidente da Entidade, Luiz Hessmann, o presidente da Ematerce Antônio Amorim e de mais cinco entidades de ATER (Assistência Técnica e Extensão Rural), discutiram as principais demandas da ATER pública brasileira. Este primeiro encontro foi realizado na tarde desta terça-feira, 5, na sede da Secretaria, em Brasília.

A Emater Ceará e a Emdagro de Sergipe foram as únicas da região Nordeste a participar do encontro. As outras emateres foram do Distrito Federal, do Mato Grosso, Minas Gerais, Rondônia e Rio Grande do Sul.

Depois de ouvir algumas das preocupações dos presidentes presentes à reunião, Schwanke manifestou-se de forma positiva. “Minha primeira manifestação é dizer a vocês que conheço bem o grande papel que as Emateres desempenham. Mas precisamos também reconhecer que há um grande contingente de agricultores familiares, o que eu chamo de grupo do meio, e que não são pronafianos, que queremos atender. Eles estão órfãos de políticas”, afirmou.

Prosseguindo, Fernando Schwanke, esclareceu as mudanças internas por que passa o MAPA. “Estamos buscando entendimentos homogêneos, aqui no MAPA, entre as sete secretarias para agilizarmos as demandas que chegam até nós. Temos uma tarefa conjunta dos governos federal, estaduais e municipais para a construção das políticas que vamos implementar e que depende de um grande entendimento entre nós. Vamos ser parceiros, precisamos da Asbraer”, adiantou.

Abaixo, os pontos da pauta entregue ao secretário:
1. Recursos Chamadas Públicas;
2. Propostas da Secretaria para Ater nacional;
3. Propostas da Secretaria para a Anater;
4. Diretrizes referentes à MP 871/19;

Anater

Sobre a Anater, o secretário assegurou que a Agência vai passar por uma profunda transformação. “A Anater tem que ser, efetivamente, o que ela foi criada para ser. E não vai poder funcionar apenas com recursos públicos. Vamos ver como a ATER pública vai poder potencializar isso. Temos de ser criativos”, observou.

Com relação ao crédito fundiário, Schwanke fez críticas apresentando dados. “Em dois anos, foram feitos apenas 700 contratos. Ou seja, a política de crédito fundiário não funcionou. Importante que vocês saibam que vamos mudar tudo que não está funcionando. Vamos reformular o crédito fundiário. Desvinculá-lo da renda da família. E vamos focar em estruturação da transformação da produção. Vamos trabalhar com quem é governo. Essa é uma das diretrizes desse Governo. Acreditamos nas estruturas oficiais, ou seja, acreditamos em vocês. E o acesso ao mercado é prioritário também. Quem anima a cadeia produtiva é a indústria, a agroindústria”, finalizou o secretário nacional.

“Nesse primeiro momento, queremos alinhar as diretrizes da Secretaria com as diretrizes da Asbraer. Esperamos que nossas demandas sejam avaliadas e atendidas para viabilizarmos o trabalho da ATER pública que se encontra diante de entraves por falta dos recursos compromissados pelo governo anterior”, assegurou Hessmann, avaliando que esses pontos levantados por Fernando Schwanke também fazem parte das diretrizes da Asbraer e que não haverá dificuldade em a Secretaria trabalhar junto com a Associação e suas 27 associadas.

Ceará

Sobre a liberação dos restos a pagar das chamadas públicas, o secretário afirmou que assim que tiver resposta sobre a liberação dos recursos comunicará à Asbraer.Para o presidente da Ematerce Antônio Amorim, este é um momento muito importante para uma avaliação do que foi desenvolvido até o momento e como aprimorar o trabalho da Ater junto aos produtores, mesmo com poucos recursos.

“Primeiro foi uma oportunidade para conhecermos o secretário, que é engenheiro florestal, consultor do sistema S Sebrae e Senar, ex-prefeito de Rio Pardo terra da fumicultura e que se propôs a trabalhar todas as políticas da SAF (Secretaria da Agricultura Familiar) e Cooperativismo com as Emateres de todo país”, destacou Amorim lembrando, ainda, que segundo anunciou Fernando Schwanke, a secretaria não tem orçamento até março.

A expectativa, de acordo com o titular da secretaria, é tratar primeiramente o passivo existente com as emateres de todo o Brasil logo quando tiver orçamento disponível pelo Governo Federal. O valor é de aproximadamente R$51 milhões.

O secretário também pediu o apoio das empresas e disse que o governo vai trabalhar com os governos estaduais e municipais, sinalizando que haverá muita parceria com as empresas públicas de Ater. “Foi sugerido com os seus auxiliares, que cada estado pudesse apresentar propostas com os sistemas estaduais de agricultura de forma conjunta, assim fortalecendo o sistema nacional e contribuindo de forma rápida e criativa na solução dos desafios”, concluiu Amorim.

 

Fonte: Asbraer