Ematerce participa de audiência pública sobre a situação da Cajucultura no Ceará
28 de agosto de 2019 - 16:24
Fotos e texto: Antonio José de Oliveira - assessor de comunicação
O presidente da Ematerce (Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Ceará), Antonio Rodrigues de Amorim, participou, na tarde de terça-feira (27.08;19), na Assembleia Legislativa do Ceará, da Audiência Pública, realizada pela Comissão de Agropecuária, cujo presidente é o deputado estadual Moisés Braz, requerida pelo deputado estadual Romeu Aldigueri. Pela Ematerce, compareceram ao evento o diretor técnico Itamar Lemos Marques, o assessor estadual da Cajucultura, Egberto Targino Bomfim, e o assessor de Comunicação Antonio José de Oliveira.
Ao centro da foto, o deputado estadual Romeu Aldigueri, tendo do seu lado direito, o deputado estadual Manoel Duca (Duquinha), e, do lado esquerdo, o assessor estadual da Cajucultura, na Secretaria do Desenvolvimento Agrário do Ceará (SDA), José de Sousa Paes, que explicou as ações da SDA, voltadas para o desenvolvimento sustentável da Cajucultura no Ceará.
O objetivo da Audiência Pública foi debater e destacar a importância da Cajucultura para a Economia do Ceará e discutir o Projeto Intercaju. Coube ao deputado estadual Romeu Aldigueri abrir os trabalhos, saudando as autoridades presentes e os convidados pelo atendimento ao convite. Estavam presentes 18 representantes de órgãos públicos estaduais, federais, entidades da Cadeia Produtiva da Cajucultura.
Em sua fala, o deputado Romeu Aldigueri reportou-se à oportunidade de se discutir a problemática da Cajucultura, no Ceará, e as sugestões apresentadas, com vistas a solucionar problemas do setor produtivo e torná-lo mais rentável, com mais empregos, nas propriedades e nas indústrias de caju, afora o aumento da produtividade, considerada baixa, mesmo com alguns avanços tecnológicos e assistência .
Representantes da Cadeia Produtiva da Cajucultura do Ceará fizeram críticas construtivas e apresentaram uma série de sugestões, para melhorar o desenvolvimento sustentável da Cajucultura no Ceará.
No encerramento da audiência, o deputado Aldigueri comprometeu-se a contatar com seus colegas deputados, nos âmbitos estadual e federal, para maior valorização dessa cultura, visando levar ao conhecimento do governador Camilo Santana as reivindicações dos cajucultores, para acelerar o processo de desenvolvimento sustentável da Cajucultura cearense. Por último, citou o seu compromisso de envidar esforços, objetivando criar a Comissão Parlamentar da Cajucultura. Agradeceu a presença de todos e afirmou que a Cajucultura, no Ceará, precisa voltar a ocupar um lugar de destaque, na pauta das exportações do Estado., como em anos idos.
Com a palavra, o deputado estadual Manoel Duca (Duquinha), após saudar os componentes da mesa de honra, disse ser um momento importante, pois, por meio de uma audiência pública, seriam discutidos problemas e apresentadas sugestões, no tocante à exploração da Cajucultura, no Estado, problemas esses enfrentados no seu cultivo e na exportação para alguns estados do Brasil e para o exterior. Citou que a região Leste do Ceará, se comparada à do Oeste, em termos da plantação de cajueiro-anão precoce e do denominado cajueiro-gigante, leva uma vantagem, ou seja, a área cultivada é maior. Em seguida, felicitou o amigo deputado Romeu Aldigueri, por seu envolvimento com a Cadeia Produtiva da Cajucultura. Finalizando suas palavras, afirmou apoiar os interesses maiores dos que exploram esse tipo de atividade agrícola em vários municípios cearenses.
Paulo de Tarso Meyer (com microfone), presidente do Sincaju do Ceará, apresentou uma série de sugestões, para melhorar o desenvolvimento sustentável da Cajucultura no Ceará.
Já o deputado estadual Nezinho manifestou-se favorável a que haja um trabalho coletivo por parte dos envolvidos com a Cajucultura, isto é, produtores rurais e industriais, para se valorizar ainda mais essa cultura e encontrar soluções para seu desenvolvimento sustentável, o que é benéfico para os da cadeia produtiva e para a economia cearense, mediante a geração de mais empregos, distribuição de renda e divisas, vez que se trata de um produto bastante vendido (castanha e subprodutos do caju), dentro do mercado local, em outros fora do Ceará, além de exportado para alguns países estrangeiros.
ORADORES
Durante a audiência, os componentes da mesa fizeram uma radiografia da situação atual da Cajucultura, apresentaram sugestões, para engrandecer a exploração da atividade, no Ceará, visando encontrar meios de torná-la mais abrangente, com melhor produtividade, maior volume de vendas, exportando-se amêndoas, sem falar da venda dos subprodutos do caju (pseudofruto “in natura”, sucos, doces, mel e outras iguarias. Foi lembrado, ainda, que o suco de caju e seu mel bem que podiam constar da merenda escolar, adquiridos pelo Governo do Estado e as prefeituras. Foi dito também que há a necessidade de um Plano de Marketing, voltado para a ampla divulgação da Cajucultura, por meio dos veículos de comunicação de massa e as redes sociais, o que ajudaria, tanto na divulgação do caju e dos seus subprodutos, quanto no aumento do consumo pelo Brasil afora.
Aventou-se, ainda, o apoio do governo do Estado, prestigiando a Ematerce, com a realização de concurso público, considerando-se a necessidade de renovar o quadro técnico e administrativo, todos conscientes de que é imperativo o funcionamento de uma assistência técnica e extensão rural, cada vez mais capacitada e efetiva, sendo responsável pelo aumento da produção, da produtividade, de empregos e renda, proporcionando melhores condições de vida às famílias dos cajucultores, vez que com o uso de tecnologias, empregarão menos forças braçais, ao adotarem tecnologias nesse segmento do agronegócio.
Foi elogiada ainda a iniciativa do deputado Romeu Aldigueri em criar a Comissão Parlamentar da Cajucultura e a necessidade de um trabalho conjunto dos representantes da cadeia produtiva da Cajucultura. Na ocasião, foi mencionada, outrossim, a preocupação com os carnaubais cearenses, que apresentam alguns problemas, no tocante ao cultivo, melhor aproveitamento da palha e da cera de carnaúba e, evidente, a comercialização.
A VEZ DA EMATERCE
Com a palavra, o presidente da Ematerce, Antonio Amorim, saudou o deputado Romeu Aldigueri, em nome dos componentes da mesa e agradeceu a excelente oportunidade de falar a respeito da Cajucultura cearense, sobretudo no que compete à Ematerce, isto é, prestar assistência técnica e extensão rural aos pequenos produtores de caju em mais de 60 municípios. De acordo com Amorim, há necessidade de se trabalhar mais e avançar, nos índices da produtividade da Cajucultura, ainda insatisfatórios, devido, dentre outros fatores, aos cinco anos consecutivos de seca, que, em alguns municípios, houve a dizimação de 100% dos cajueirais.
Referiu-se ainda que, ao contatar com muitas pessoas, em suas viagens ao interior do Estado, ela falaram muito bem do consumo do denominado caju de mesa pelo seu sabor “in natura”, e servido como suco etc.O dirigente da Ematerce mencionou algumas das ações extensionistas, executadas em benefício dos cajucultores, como a distribuição de mudas de cajueiro-anão, de 2007 a 2015, num total de 5 milhões; a substituição de copas (2009 a 2015) em 938 plantas substituídas, que, em 49 mil hectares, num universo de 374 mil hectares, tem-se um percentual de 13% a 14% de plantas melhoradas, o que caracteriza uma melhoria na produção, mesmo com os problemas das estiagens.
À direita da foto, o presidente da Ematerce, Antonio Amorim, ladeado pelo chefe geral da Embrapa/Fortaleza, Lucas Antonio.
Na opinião de Amorim, os problemas, na exploração e comercialização do caju, existem, porém se tem de acabar com eles e crescer em termos de melhorias. Adiantou também que não tem nenhuma planta com a riqueza do cajueiro, sendo, pois, importante valorizá-lo. Um fato interessante – comentou – é que 100 colmeias, na sua fazenda, em Tauá, foram fabricadas do tronco de cajueiro, quando algumas pessoas afirmavam que as abelhas não morariam, nessas colmeias. Mas, felizmente, as abelhas não as refugaram e tudo dando certo, garantiu Amorim.
Por último, agradeceu o honroso convite e elogiou a iniciativa do deputado Romeu Aldigueri em promover uma audiência pública, que possibilitou maiores aprofundamentos sobre a Cajucultura no Ceará e o seu compromisso de criar a Comissão Parlamentar da Cajucultura, afora levar, ao conhecimento dos seus pares e do governador Camilo Santana, as sugestões dos 18 representantes da cadeia produtiva do caju a fim de fortaleçê-la, aumentar seu consumo e torná-la mais valorizada Brasil afora.