Produtores de caju investem em variedade para incremento da colheita – Parte II

16 de setembro de 2019 - 16:35 # #

Ascom / Aécio Santiago - aecio.santiago@ematerce.ce.gov.br fotos: Aécio Santiago

Na segunda parte da visita aos produtores de caju no Baixo Jaguaribe, técnicos da Ematerce conheceram a realidade do setor, que tenta se recuperar depois de seis anos de estiagem severa no semiárido. 

Ele é conhecido por Mundico no Sítio Santo Antônio, zona rural do município de Tabuleiro do Norte, 216 quilômetros de Fortaleza. Sua história é a vivida pela maioria dos produtores rurais no Nordeste, que tem como aprendizado e conhecimento a experiências pelos pais e avós.

Durante muitos anos, a cultura no sítio era apenas concentrada no milho e feijão. Com a adoção da cajucultura, do algodão, da ovinocaprinocultura e apicultura, Seu Mundico (Raimundo Lopes da Silva), 73 anos, e os cinco filhos mantém a produção durante todo ano e reduzindo a dependência de chuvas.

A família também comercializa para a fábrica de processamento de polpa (cerca de meia tonelada) além de municípios vizinhos como Russas e no próprio município de Tabuleiro do Norte. A participação da Ematerce foi importante, segundo os produtores no acompanhamento da cajucultura, os cuidados com a polda, na orientação no momento da comercialização, na distribuição de mudas e sementes pelo Programa Hora de Plantar.

Para Fagner Lima Lopes, 34, a variação de preços do caju ainda é um problema, quando chegou-se a comercializar a caixa com 20 quilos a R$6,00. “Mas a gente espera que seja apenas uma fase. Esse preço já foi a R$10,00. Como não dependemos só do caju durante o ano, a tendência é esse preço melhorar. Em 2020, segundo um dos filhos do Seu Mundico, o objetivo é explorar a produção do caju em 80 hectares do sítio e continuar investindo as outras áreas produtivas da propriedade, e a expectativa é de crescimento de aproximadamente 20% em relação a safra anterior.