Ematerce: assessor estadual da Cajucultura fala sobre doença oídio nos cajueiros

7 de outubro de 2019 - 10:59 # # #

Antonio José de Oliveira - Assessor de Comunicação Social E-mail: antonio.jose@ematerce.ce.gov.br Fone: (85) 3217.7872

A Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Ceará (Ematerce), por intermédio do assessor estadual da Cajucultura, Eng.º Agrº Egberto Targino Bomfim, falando sobre a  doença Oídio do Cajueiro ((Oidium anacardii), que atingiu alguns plantios, no Estado do Ceará, informou tratar-se de uma doença agressiva, que, caso não seja controlada, no tempo certo, compromete e inviabiliza a exploração da cultura.

Legenda: Oídio afeta tanto a produção de castanhas, quanto a de pedúnculos.

De acordo com Targino, há pouco tempo, considerada doença secundária, para a cultura do cajueiro, no Nordeste do Brasil, o oídio vem provocando perdas significativas, nessa cultura, nos últimos anos. Adiantou que as perdas afetam, tanto a produção de castanha, quanto a produção de pedúnculos. Os prejuízos, acumulados, atingem pequenos, médios, grandes produtores e exportadores, ligados à cadeia produtiva do caju.

Sintomas

Referindo-se a respeito dos sintomas do Oídio, afirmou o assessor estadual da Ematerce serem verificados, em quase toda a parte aérea da planta, como: folhas, flores, pedúnculos e castanhas. Disse mais que as folhas maduras apresentam, em sua face superior, um pó branco, que se situam, ao longo das nervuras, e que podem espalhar-se por toda a superfície foliar. As folhas novas, além de apresentarem, o pó podem ficar deformadas.

Legenda: Folhas, com oídio, apresentam pó esbranquiçado.

Targino explicou, ainda, que as flores e toda a inflorescência podem apresentar o pó esbranquiçado; os maturis (castanha do caju ainda verde) apresentam, também, o pó esbranquiçado; as castanhas verdes e maduras apresentam uma camada externa amarronzada; os pedúnculos (pseudofrutos) novos apresentam suas superfícies ásperas e, quando maduros, apresentam cicatrizes ou rachaduras. Lembrou ser comum, também, o aparecimento de espuma. Concluindo, afirmou que as plantas, em viveiro, podem, também, ser atacadas.

Recomendações

Sobre as ações extensionistas, com o objetivo de controlar a doença do Oídio, nos cajueirais, Targino especificou que devem ser feitas as pulverizações, de forma preventiva, no início da floração; aplicar um produto, à base de enxofre, na dosagem de 4 g/litro de água, por ocasião das pulverizações, dirigindo o jato, principalmente, para as inflorescências. Ressaltou, em seguida, que as pulverizações devem ser feitas, com intervalos de sete (7) dias, e, no momento das pulverizações, é preciso usar os equipamentos de proteção individual. Por último, garantiu o assessor estadual da Ematerce que comer o pseudofruto com a doença do oídio,  não faz mal ao organismo, mas aconselhou esperar uns cinco dias, depois de colhê-lo.