Ematerce promove encontro sobre plataforma de Rastreabilidade Agrícola

28 de novembro de 2019 - 14:57 # #

Ascom / Aécio Santiago - aecio.santiago@ematerce.ce.gov.br fotos: Aécio Santiago

Em reunião realizada nesta quarta-feira (28) com associados da Coopvale (Cooperativa dos Agricultores Familiares do Vale do Forquilha), no município de Quixeramobim, o presidente da Ematerce Antônio Amorim, o engenheiro da Geat (Gerência de Apoio Técnico) Nizomar Falcão e representantes da empresa SisAgri apresentaram a nova plataforma de Rastreabilidade Agrícola, que faz parte da Instrução Normativa 02/2018. A partir de agora, todos produtos agrícolas vegetais passam a ser rastreados com informações sobre a origem do produção, modo de plantio, destino de comercialização entre outras informações técnicas, que serão alimentadas no sistema produtor.

Com as exigências cada vez maiores pela população sobre a qualidade dos produtos agrícolas e conhecimento sobre sua procedência, os produtores rurais terão que se adaptar à Instrução Normativa – IN 02/2018 – do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), que regulamenta e define os procedimentos para a aplicação da rastreabilidade ao longo da cadeia produtiva de produtos vegetais frescos nacionais e importados destinados à alimentação humana, para fins de monitoramento e controle de resíduos de agrotóxicos, em todo o território nacional, na forma desta IN.

Cerca de 13 associados da Coopvale participaram ativamente do encontro, que teve por objetivo levar detalhes sobre a instrução normativa e debater as novas exigências para produção e comercialização de diversos produtos. No primeiro momento, a Ematerce irá acompanhar a aplicação do rastreamento junto aos produtores que atuam com o Núcleo de Irradiação Tecnológica (NIT), através do Programa Irrigação na Minha Propriedade (Pimp). Na foto acima, o produtor Francisco Benedito da Silva (Dudu), que é assistido pela Ematerce com o Nit e vai aderir ao rastreamento vegetal. (ver abaixo o calendário de vigência da instrução normativa).

A orientação da Ematerce vai enfatizar sobre a fiscalização sobre os produtos a ser comercializados, a regularização de produtores e cooperativas com o objetivo de obter o maior número de dados para o consumidor final. Espera-se até o final do ano um calendário de reuniões e encontros para que mais produtores tenham acesso à instrução normativa e seus efeitos na cadeia produtiva da Agricultura Familiar.

Para o presidente da Ematerce Antônio Amorim, a exigência causa um pouco de desconforto e estranheza, mas a tendência é a adesão cada vez maior pelos produtores, porque o mercado vai exigir gradualmente a transparência das informações sobre o que estão consumindo. “A Ematerce inicia esse debate para sensibilizar produtores da importância do seu papel neste novo cenário, onde é fundamental estar se adequando a uma exigência do mercado e manter-se alinhado com essa realidade”, explica Amorim.

Transparência de dados

Pela empresa SisAgri, estiveram presentes o diretor executivo Jefferson Fortes e o técnico Nicholas Ribeiro, realizando uma demonstração e simulando como deverá ser a adequação do sistemas pelos agricultores, onde deverão conter detalhes sobre o período do plantio, qual cultura está sendo cultivada, que tipo de uso defensivo agrícola foi realizado, a área cultivada, dados do destino comprador, entre outros.

Quando o sistema estiver em funcionamento, os agricultores poderão inserir as informações através de aplicativo, que já está em fase de testes pela SisAgri. Para o presidente da Coopvale Deusimar Oliveira, o caminho natural é que os associados se credenciem a participar desse modelo de rastreamento. “Vai ser bom para o produtor e para quem compra o produto na feira, na Ceasa, no supermercado”, diz. Segundo o engenheiro Nizomar Falcão, o próprio mercado vai se regulando e quem não estiver enquadrado dentro das exigências de qualidade pode perder espaço de comércio. “A exigência por qualidade dos alimentos é uma realidade do presente e cada vez mais do futuro”, concluiu.