Show Rural encerra programação da assembleia Asbraer no Paraná

10 de fevereiro de 2020 - 10:03 # #

Aécio Santiago - aecio.santiago@ematerce.ce.gov.br fotos: Portal G1 e ASCOM Asbraer

O 32º Show Rural de Cascavel, no oeste do Paraná, encerrou a feira com movimentação de R$ 2,5 bilhões em negócios. O balanço foi apresentado pelo presidente da Coopavel, Dilvo Grolli, nesta sexta-feira (7), último dia de evento. Segundo a organização, parte dos recursos foi oferecida por bancos e cooperativas que participaram do evento, por meio de linhas de financiamento. A administração divulgou ainda que quase 300 mil visitantes passaram pela feira agropecuária nos cinco dias de evento. O evento estava dentro da programação da 57ª Assembleia Geral Ordinária da Asbraer (Associação Brasileira das Entidades Estaduais de Assistência Técnica e Extensão Rural).

A Ematerce (Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Ceará) foi representada na assembleia pelo presidente Antônio Amorim. De acordo com o presidente, foi muito importante o intercâmbio com gestores e produtores de outros estados, além da visita aos estandes da feira Show Rural, onde foi possível conhecer a evolução de vários instrumentos de trabalho apresentados, desde os de grande portes até os de médios e de pequeno porte. “É fundamental identificar os implementos para os agricultores que trabalham com áreas pequenas e foi muito importante perceber o avanço do setor de mecanização agrícola, das inovações e tecnologias utilizadas, da transformação de máquinas como Tobata (pequeno trator) como outros instrumentos que melhoram as oportunidades de crescimento do pequeno e médio produtores em todo o País”, destacou Amorim.

Os estandes da feira foram organizados pelo Instituto Agronômico do Paraná (Iapar) vinculado à Secretaria da Agricultura e do Abastecimento (Seab), órgão de pesquisa que dá embasamento tecnológico as políticas públicas de desenvolvimento rural do Estado do Paraná. Outro destaque, segundo o presidente da Ematerce, é o melhoramento de alguns implementos agrícolas que facilitam ainda mais a atividade do agricultor familiar como o enxadeco, a enxada e a matraca, usadas no dia a dia do trabalhador para o preparo do solo.

A visita do presidente da Ematerce foi acompanhada pelo presidente do Iapar Natalino de Souza, o presidente da Coopavel (Cooperativa Agroindustrial de Cascavel) Rogério Rizzardi, Marcos Brambilla, da Federação dos Trabalhadores Rurais Agricultores Familiares do Paraná e Nivaldo Moreno de Magalhães, presidente da Asbraer.

Modernização

Durante a visita e o intercâmbio foi destacada, também, a experiência exitosa com agricultores da Cooperativa dos Produtores e Produtoras Rurais da Chapada do Vale do Rio Itaim (Coovita) e Ascobetânia (Associação dos Criadores de Ovinos e Caprinos do Município de Betânia do Piauí), ambas no município de Betânia do Piauí e Paulistana/PI que conseguem, mesmo com muita dificuldade por conta do clima e do solo, transformar os potenciais produtivos de ovinocaprino em realidade comercial rentável. Ver matéria completa abaixo sobre a experiência no Piauí.

Agentes de ATER conhecem experiência de cooperativismo no Piauí

O fator organização da produção, o melhoramento genético do rebanho, o escalonamento da produção o planejamento da produção e a comercialização foram ressaltados como elementos importantíssimos, tendo comercializado em dois anos 20mil animais.

“Precisamos ter um olhar sistêmico para os nossos agricultores familiares em todo o Brasil e penso que as nossas discussões e trocas de experiências com empresas de Ater devem ser um demonstrativo dos avanços, já que é importante termos mais investimento e menos custo. É imprescindível, ainda, estar atualizado nos avanços tecnológicos, seja na legislação comercial e na legislação fiscal e sistemas de organizações de produção”, enfatizou Amorim, propondo que na próxima assembleia que será em junho em Brasília, possa se discutir os temas dos processos produtivos nas diversas regiões do Brasil e como é feita a atuação de cada empresa de Ater e sua importância no cenário nacional.

Para o gestor da Ematerce, respeitada as diferenças e características de cada solo e potencial produtivo, o Ceará possui potenciais que precisam ser bem trabalhados e geram outras riquezas agrícolas. “Fundamental avançar com os implementos e inovações, que ajudem o homem a diminuir esforço, avançar na melhoria nos seus índices de produtividade, organizar o escalonamento da produção dos agricultores que trabalham em áreas pequenas e em solos como o do Nordeste”, finalizou o presidente.