Apicultura Sustentável é tema de palestra para agentes de ater por videoconferência

30 de abril de 2020 - 09:40 # # #

Antonio José de Oliveira Assessor de Comunicação Social E-mail: antonio.jose@ematerce.ce.gov.br Fone: (8) 3217,7872

A Empresa de Assistência Técnica  e Extensão Rural do Ceará (Ematerce) prosseguiu, ontem à tarde, seu ciclo de palestras técnicas, por videoconferência, desta feita, sobre Apicultura Sustentável, para um grupo agentes de assistência técnica e extensão rural (Ater), da capital e do interior, ministrada pelo gerente do escritório do Crato, Antonio Francisco de Carvalho Porto, com larga experiência na elaboração e execução de projetos apícolas.

Legenda: Secretário estadual do Desenvolvimento Agrário, Francisco De Assis, ressalta a iniciativa da Ematerce e o tema da videoconferência, atividade de importânicia para agricultores familiares.

Antes da palestra, com participação rápida, devido a compromissos assumidos, o secretário estadual do Desenvolvimento Agrário do Ceará, Francisco De Assis, saudou os participantes, referiu-se às providências do governador Camilo Santana, para reduzir os impactos, provocados pelo Coronavírus, na saúde da população cearense e na economia de modo geral. Elogiou a escolha do tema, visto ser uma atividade agrícola importante para a Agricultura Familiar, visto proporcionar renda, empregos e, consequentemente, melhorias para eles e suas famílias. Desejando êxito, na palestra, fez um apelo: FIQUEM EM CASA. “ Com certeza, vamos, juntos, vencer todas as dificuldades”.

Legenda: o palestrante Francisco Antonio  Porto deu verdadeira aula sobre principais aspectos  da Apicultura, uma das atividades agrícolas orientada pela Ematerce aos agricultores familiares.

Ao iniciar o tema da palestra, o palestrante disse do seu objetivo, isto é, capacitar agentes de Ater e profissionais ligados à atividade agrícola. Porto definiu Apicultura, como a criação racional e tecnificada de abelhas do gênero Apis, em confinamento e sob o controle do homem, com fins econômicos, didáticos ou para lazer. Dentre os vários tópicos apresentados, destacou as fases da Apicultura, ou seja, a sua origem e exploração; a apicultura fixa e migratória; a organização social das abelhas, sendo a família formada por três castas: a rainha, com capacidade de reprodução normal, através do feromônio; as operárias, responsáveis pelos trabalhos internos e externos à colmeia; e os zangões, com a função de fecundar a rainha durante o voo nupcial.

O gerente local da Ematerce, em Crato-CE, dando continuidade à sua exposição, referiu-se à instalação de apiários, suas localizações, cuidados com a limpeza interna, tipos de material, usado em sua construção; os tipos de colmeias, a Angstroth e Rústica, esta causa grandes prejuízos, por não apresentar boa produção de mel, apesar de seu baixo custo; explicou o processo de captura de enxame e sua habitação; a anatomia das abelhas, técnicas de manejo, como colher o mel em dias de sol, pois a umidade pode invalidar a qualidade do produto; cuidados ao transportar a produção; e principais implementos apícolas, além das casas de mel, mercados e produtos.

Porto salientou que, apesar de o mel ser consumido na alimentação humana, originado das abelhas melíferas, do gênero Apis, existem outros insetos que produzem méis, porém em menor quantidade, e não são comercializados. A respeito das variedades de mel, há várias delas, que podem ser obtidas, de acordo com a floração, os terrenos de obtenção, as técnicas de preparação e o beneficiamento do mel. No tocante à cor, ao aroma e ao sabor, o mel varia, passando do branco incolor, amarelo ao castanho. Isso depende da florada na sua produção. Acrescentou que os méis de cor clara são de sabor e aroma mais suaves. Mas, lembrou que os méis de cor escura são mais nutritivos. Já o néctar pode vir de uma única flor ou de várias. Referiu-se, também, a outras características do mel, como: composição, cristalização e seu valor nutritivo.

Ao concluir a palestra, Porto enfatizou ser necessário envidar esforços, para que a Apicultura aumente seu leque de atuação e haja o envolvimento da cadeia produtiva, por parte da comunidade local e científica, incentivando correções, com vistas a um ambiente equilibrado e justo, além de uma Apicultura sustentável. Colocando-se à disposição dos participantes, agradeceu-lhes a atenção e sugeriu o engajamento de mais colegas extensionistas, no trabalho de orientar os apicultores assistidos, capacitando-os, para executar, de forma correta e produtiva, essa importante atividade no meio rural.

Com a palavra, o diretor técnico da Ematerce, Itamar Lemos Marques, parabenizou o conferencista, reafirmou ser a Apicultura uma atividade importante para a Agricultura Familiar. Frisou, ainda, a realização da formação de grupos, por assuntos técnicos, para troca de conhecimentos e experiências, a serem apresentados e debatidos, por videoconferências, fato este que todos da empresa sairão ganhando, inclusive os agricultores familiares, pois, tendo-se mais conhecimentos, a tendência é a de prestar uma assistência técnica com mais eficácia.

O presidente da Ematerce, Antonio Rodrigues de Amorim, como criador de abelhas, sugeriu algumas ações, nessa atividade, que resultem em mais benefícios, para os apicultores, tanto na criação racional de abelhas, quanto na produção e produtividade do mel e na sua venda, nos mercados, municipais, estaduais e externos. “Apicultura é uma atividade trabalhosa, perigosa, exige muitos cuidados dos apicultores, mas um bom negócio, por ser um alimento, com grande procura pela população, comerciantes e exportadores”, pontuou Amorim.

Legenda: presidente Amorim, diretor técnico Itamar Lemos e alguns participantes agradeceram ao colega Porto pela aula muito ilustrativa, sobre Apicultura Sustentável, trabalho de importância  para extensionistas e, sobretudo,  para agricultores familiares assistidos.

APELO DO SECRETÁRIO DE ASSIS E DA DIRETORIA EXECUTIVA DA EMATERCE:

FIQUEM EM CASA.