Quadra Chuvosa 2020: gerente da Funceme faz palestra para dirigentes e técnicos da Ematerce

15 de julho de 2020 - 19:10 # # #

Antonio José de Oliveira - Assessor de Comunicação. E-mail: antonio.jose@ematerce.ce.gov.br Fone: (85) 3217.7872

A convite do diretor técnico da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Ceará (Ematerce), Itamar Lemos Marques, a gerente de Meteorologia, da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos do Estado do Ceará (Funceme), Meiry Sakamoto, ministrou, na tarde de 15 de julho de 2020, por videoconferência, uma palestra sobre Avaliação da Quadra Chuvosa de 2020, no Ceará, com a presença de gerentes regionais e locais, assessores do Centro Gerencial, em Fortaleza-CE, e extensionistas do interior.

O diretor técnico da Ematerce, Itamar Lemos Marques, na foto, abriu a videoconferência, agradecendo à palestrante Meiry a consideração, para abordar um tema, de suma importância, para o quadro de dirigentes e técnicos da empresa, nivelando-os, no tocante aos resultados da quadra chuvosa cearense até a presente data. Ao concluir a saudação, Itamar destacou ser a amiga Meiry, além de competente profissional da Funceme, uma pessoa simpaticíssima, simples e que atende todo mundo, inclusive a Imprensa, quando o assunto é da área de Meteorologia e Recursos Hídricos, sobretudo chuvas no território do Ceará. “Ela é a japonesa mais cearense”, pontuou. A palestra é fruto do contato com o gerente regional, no Cariri, Lóssio, que assistiu a uma palestra dela e julgou-a importante, para ser apresentada a maior número de extensionistas.

A gerente Meiry Sakamoto (Foto do site da Funceme), sensibilizada, com os elogios à sua pessoa, afirmou que, há 25 anos, reside em Fortaleza, e seu trabalho, na Funceme, deixa-a orgulhosa de a ela pertencer. Já a parceria, com a Ematerce, vem de anos, e agradeceu o fornecimento de dados pluviométricos, coletados pelos escritórios da Ematerce, em diversos municípios, e enviados à Funceme, para o registro geral de chuvas, incluindo-os em seus relatórios diários. A técnica da Funceme fez, inicialmente, uma avaliação climática para o trimestre fevereiro/março/abril de 2020, salientando que, na região sul do Estado, a categoria mais provável é, em torno da normal (35%), enquanto, na região norte do Ceará, categoria mais provável é acima da normal (45%). Explicou que os modelos indicam uma tendência de redução das chuvas ao longo da estação chuvosa e que um gradiente espacial norte-sul do estado e menores anomalias de chuva.

Na palestra, Meiry comentou as precipitações do primeiro trimestre/2020, nas Bacias Hidrográficas do Ceará, isto é, as de Coreaú, Acaraú, Litoral, Curu, Metropolitana, Baixo Jaguaribe, Serra da Ibiapaba, Sertões de Crateús, Banabuiú, Médio Jaguaribe, Alto Jaguaribe e Salgado. Citou que a do Acaraú recebeu muitas chuvas. No geral, o Ceará teve boas chuvas, até o momento, que contribuíram para aumentar o volume de água de vários reservatórios. Mas, adiantou ser necessária muita chuva, para encher os maiores açudes do Estado, a exemplo da quadra chuvosa, no ano de 2004, que encheu o Castanhão.

Meiry anunciou, também, que a quadra chuvosa, ocorrida no Estado, referente ao ano de 2020, com início em fevereiro, terminou ,no dia 30 de junho último, ficando acima da média histórica (730,8). Enfatizou que algumas áreas isoladas não foram tão beneficiadas pelas chuvas, de um modo geral, diferentemente, do observado, nos últimos anos, as chuvas foram mais bem distribuídas no Ceará. Sobre o La Nina (resfriamento das águas do Oceano Pacífico Equatorial), disse ser bom, porém merece atenção. Observou que sua ocorrência proporciona mudanças significativas, nos padrões de precipitação e temperatura, ao redor do mundo, com influências na distribuição de chuvas no Nordeste e no Ceará.

Indagada por um técnico da Ematerce, referente ao encontro anual dos denominados profetas das chuvas, foi categórica, afirmando respeitar todos eles, visto anunciarem suas profecias, reativas à quadra chuvosa, no Ceará, mediante suas experiências, ao longo dos anos, nos fenômenos da natureza. Já os técnicos da Funceme dispõem de mais ferramentas tecnológicas e consultam organizações científicas de Meteorologia, de alguns países, obtendo, assim, informações mais precisas, tecnicamente, do que eles, como fiéis observadores da natureza. Falou que haver acertos de alguns deles. Afirmou ainda que alguns profetas das chuvas, com acesso à Internet, consultam a Funceme sobre assuntos da Meteorologia. Ressalte-se que, no fim da palestra, além dos elogios pela apresentação, numa linguagem simples e lâminas bastante ilustrativas bem-elaboradas, a gerente da Funceme, Meiry Sakamoto, recebeu aplausos dos mais de 60 participantes.