Ematerce e SDA discutem com BNB Acordo de Cooperação Técnica da Palma Forrageira

28 de janeiro de 2021 - 12:35 # # # # #

Aécio Santiago - aecio.santiago@ematerce.ce.gov.br fotos: Aécio Santiago

Em video-conferência transmitida pelo canal do Youtube da Secretaria do Desenvolvimento Agrário (SDA), foi apresentado nesta quinta-feira (28), os termos do Acordo de Cooperação Técnica BNB-SDA e Ematerce para Palma Forrageira. O encontro reuniu a gerente executiva estadual do Banco do Nordeste, Francisca Jeânia Gomes (foto abaixo), o secretário da SDA De Assis Diniz, o presidente da Ematerce Antônio Amorim e o assessor especial da Coordenadoria de Desenvolvimento das Cadeias Produtivas Pecuária da SDA Márcio Peixoto

Com uma participação média de cerca de 110 pessoas durante a transmissão da Live, entre técnicos da SDA, agentes de desenvolvimento, diretores e gerentes da Ematerce, gestores territoriais, parceiros, produtores, foram apresentados dados e informações para linhas de créditos pelo BNB e os termos para o Acordo de Cooperação Técnica da Palma Forrageira, firmado no final do ano de 2020.

O acordo visa implementar ações conjuntas entre os órgãos e oferecer linhas de crédito no âmbito do Pronaf (Programa Nacional de Fortalecimento de Agricultura Familiar), do Prodeter e do FNE Rural com a parceria da SDA e da Ematerce, fornecendo aporte de crédito para financiamentos de plantios de palma forrageira destinada à alimentação de animais (bovinos, caprinos e ovinos)

De acordo com o secretário De Assis (foto acima), o impacto desse novo acordo com o banco é enorme, porque extremamente estratégico, diante dos resultados que já são muito positivos com o uso da palma forrageira como alternativa e uma das principais fontes de reserva alimentar animal. “Esse sucesso é resultado de um esforço coletivo, de parcerias, do melhoramento genético dos animais, da entrega dos tanques de resfriamento e matrizes, que colocou o estado de quarto para o segundo lugar como maior produtor de leite do Nordeste. Só ano passado, o Governo do Ceará por meio da SDA, entregou 7,3 milhões de palma, atendendo 126 municípios”, enfatizou o secretário, que fez questão de destacar e lembrar a atuação do diretor técnico da Ematerce Itamar Lemos, que foi um dos principais responsáveis, junto com Márcio Peixoto, pela ideia de se trabalhar com a cultura da palma como fonte de reserva alimentar bovina no estado.

Mercado

Para o presidente da Ematerce Antônio Amorim (foto abaixo), esse é um processo iniciado ainda com o então secretário da SDA e atual governador Camilo Santana, quando implementou os primeiros tanques de resfriamento, proporcionando a aproximação do produto com o mercado consumidor.

“Hoje, conseguimos aumentar nossa capacidade produtiva e atingir um mercado antes inexplorado como as empresas de laticínio, que hoje são uma das principais compradores do leite do agricultor familiar, fortalecendo, ainda, os derivados desse produto como o queijo, a nata e o iougurte”, comenta Amorim.

Somente no município de Quiterianópolis, segundo Amorim, são 50 hectares abastecido com água de cacimbão e com os produtores trabalhando com cinco tanques de resfriamento de leite, o que melhorou o preço do produto e, consequentemente, a qualidade de vida de pequenos e médios produtores. Iniciativas de grupos de produtores ligados à grandes feiras como Expoece, Expoceará, criaram um movimento para o uso da palma para seus rebanhos, fortalecendo ainda mais o setor, que segundo a gerente executiva do BNB Jeânia Gomes, saiu mais consolidado mesmo no período da pandemia, em 2020, com linhas de crédito que totalizou R$ 95 milhões para o segmento de pecuária de leite bovina e ovino caprino. “Somente o município de Solonópoloe recebeu o aporte de R$ 15 milhões pelo CredAmigo”, informou Jeânia.

Palma

Logo em seguida, veio a apresentação do assessor especial da Codep (Coordenadoria de Desenvolvimento das Cadeias Produtivas Pecuária da SDA) Márcio Peixoto (foto abaixo), que detalhou alguns números e estudos na área da palma forrageira no estado.

Um dos estudos, segundo Márcio, indica as melhores condições para o plantio e manejo da palma como a escolha da área; a condição do ambiente, escolha da cultivar; preparo da área, forma de plantio, manejo adotado e seleção de qualidade, que é um fator, este último, muito sensível ao desenvolvimento do processo, porque em alguns casos como o plantio em Pernambuco, foi afetado por uma praga, a colchonilha e carmim, que dizimou 100% da produção, há alguns anos.

Para o assessor, as espécies Orelha de Elefante Mexicana e Ipa Sertânia foram as que deram ótimos resultados em áreas no Ceará, pois são resistentes à seca, à pragas e às condições do solo. “A parceria foi fundamental para o sucesso dessa experiencia com a palma no Ceará. A participação de entidades como o Sebrae, o Senar, o Ministério do Desenvolvimento Regional, a Faec, tornaram essa atividade cada vez mais forte, como eu gosto de chamar, o nosso ouro verde”, explicou Márcio.