Beberibe-CE: Ematerce assiste produtores de caju e de cajuína

21 de setembro de 2021 - 17:27 # # # #

Ascom / Edilmo Gurgel – edilmo.gurgel@ematerce.ce.gov.br Fotos: Edilmo Gurgel- Ascom Ematerce

Presidente da Ematerce, Antônio Amorim e o produtor Mariano Monteiro, visitando pomar de cajueiro anão precoce

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE – a estimativa da safra de caju, no Estado do Ceará, para 2021, é 11% menor que a de 2020, em face de vários fatores, como: incidência de pragas (oídio e a cochonilha), que estão atacando as plantas e diminuindo a produção e a produtividade dos cajueiros e os vários veranicos durante o inverno. O Estado do Ceará é o maior produtor de caju do Brasil. Os municípios, que mais produzem no Ceará, são: Beberibe-CE, ocupando o primeiro lugar, seguido por Bela Cruz-CE, Cascavel-CE, Pacajus-CE, Aracati-CE e Fortim-CE.

Presidente da Ematerce, Antônio Amorim e os técnicos de Beberibe-CE, Roberto Salomão e Rafael Evangelista discutindo sobre as condições fitossanitárias do pomar de cajueiro anão precoce da fazenda Corrente da Lagoa Funda.

É, no município de Beberibe-CE, que está localizada a fazenda Corrente da Lagoa Funda, de propriedade do agricultor familiar, Mariano Ribeiro Monteiro, distante 15 quilômetros da sede, com 126 hectares, sendo o plantio de 100 hectares de cajueiro anão precoce, da variedade CCP- 76 da Embrapa, com produtividade de 700 quilos de castanhas, por hectare, e de 6.300 quilos de pedúnculos (pseudofrutos), por hectare. Sendo que, nos seis meses de safra,  28.000 quilos de  pseudofruto são transformados em cajuína, em uma agroindústria, instalada na comunidade, e a castanha é vendida às indústrias de beneficiamento existentes da região.

Colheita de caju para fabricação de cajuína, na agroindústria da fazenda Corrente da Lagoa Funda.

Atualmente, a agroindústria da fazenda Lagoa Funda produz, anualmente, 200.000 litros de cajuína, de excelente qualidade, vendida em Fortaleza-CE, São Paulo-SP, Natal- RG e nos municípios vizinhos. Para o Presidente da Ematerce, Antônio Amorim, em recente visita à agroindústria de cajuína, do agricultor Mariano e família, trata-se de um exemplo de administração, em face de sua integral dedicação ao empreendimento e serve de estudo de caso para os cajucultores da região”. Finaliza Antônio Amorim, dizendo: “O mais importante é o contingente de mão de obra, contratado na comunidade, todo o ano, para trabalharem desde os tratos culturais e colheita, até a transformação do caju em subprodutos (agroindústria de cajuína)”.

Nesse contexto produtivo, de transformação e de obtenção de renda, é que entra o incessante trabalho dos técnicos da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Ceará (Ematerce). Por sua vez, o agricultor Mariano Monteiro afirmou: “A Ematerce, através dos técnicos, do escritório de Beberibe-CE (Roberto Salomão, Antônio Ward e Rafael Evangelista), foi a responsável pelo êxito de tudo, desde a elaboração dos projetos, com recursos do Pronaf (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar), para obtenção de créditos, a serem investidos na implantação dos pomares de cajueiros, na construção e aquisição dos equipamentos, para o funcionamento da agroindústria de cajuína”. Destacou ainda que, sem a intervenção técnica da Ematerce, as dificuldades seriam enormes e, talvez, de difíceis soluções.