SDA e Ematerce realizam Oficina sobre Agroecossistema na agricultura familiar
18 de fevereiro de 2025 - 14:26 #Agricultores familiares #Agroecossistema #quixeramobim #sda #semiárido
jornalista Valéria Barbosa Ascom -Ematerce valeria.ferreira@ematerce.ce.gov.br Fotos: engenheiro agrônomo Nizomar Falcão
A Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Ceará – Ematerce – reuniu instituições e organizações não governamentais que trabalham com agricultura familiar com o objetivo de definir rumos para o ano de 2025. O encontro, promovido pela Secretaria do Desenvolvimento Agrário – SDA, sob o tema “Oficina do Desenvolvimento Agroecossistema”, aconteceu no período de 12 a 14 de fevereiro, no auditório da sede estadual, com grande presença de representantes da região do semiárido. Entre as associações, a Escola de Formação Política e Cidadania – ESPF, o Projeto Esperançar, a Federação dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares do Estado do Ceará – FETRAECE e o Instituto Antônio Conselheiro – IAC, com sede em Quixeramobim.
Os assessores da Gerência Apoio Técnico – GEAT, que desenvolvem projetos e realizam o acompanhamento de ATER participaram mediante intercâmbio técnico. Na ocasião, as entidades tiveram, também, momentos de suas explanações e discutiram o método de extensão rural de exploração do agroecossistema. Quanto aos trabalhos agropecuários da agricultura familiar, os integrantes levaram para o auditório, como demonstrativo, uma exposição de seus produtos.
Agricultura de precisão
Durante o seu comentário, o engenheiro agrônomo, Nizomar Falcão, assessor de irrigação da GEAT, lembrou que muitas tem sido as experiências bem-sucedidas de implementação da agricultura de precisão em pequenas propriedades. “ A agricultura de precisão, antes restrita a grandes propriedades, tem se mostrado cada vez mais acessível e benéfica para produtores de baixa escala e agricultores familiares, no quesito segurança alimentar.” Revela, que com o avanço da tecnologia e a redução dos custos, ferramentas com o GPS, sensores e softwares de análise de dados estão sendo adaptados para atender às necessidades específicas destes pequenos estabelecimentos agropecuários.
No que se refere a agricultura de precisão, disse que “esta se mostra importante para os pequenos agricultores, na medida em que promove: otimização de recursos (permite utilizar insumos como água e fertilizantes de forma mais eficiente, reduzindo os custos e impactos ambientais); aumento de produtividade (ao aplicar os insumos nas áreas que mais precisam, a produtividade pode ser, significativamente, aumentada; melhoria na qualidade dos produtos (enseja um aumento mais preciso das culturas, resultando em produtos de melhor qualidade e com maior valor agregado) e a sustentabilidade que contribui para preservação do meio ambiente, reduzindo a erosão do solo e a contaminação de recursos hídricos.”
Segundo o engenheiro Nizomar Falcão podem ser citadas como implementações bem-sucedidas o uso de aplicativos de celulares, possibilitando a coleta de dados sobre as culturas, uma análise das informações e consequentemente tomar decisões mais precisas; os sensores de umidade do solo, que oferecem as condições de monitorar o nível de umidade e realizar a irrigação de maneira precisa, evitando o desperdício de água, produto indispensável e limitado no semiárido e uma terceira que é o uso de drones para mapeamento, pois suas câmeras oferecem imagens que viabilizam gerar mapas de fertilidade do solo, infestação de pragas e desenvolvimento das culturas, auxiliando no planejamento das atividades agrícolas.
Ao finalizar, Nizomar Falcão informou sobre algumas considerações em relação aos desafios para os resultados exitosos como “o custo – (embora diminuído, a aquisição destes equipamentos e softwares ainda podem ser dificuldades para os pequenos produtores); o conhecimento técnico – (faz-se necessário investir em capacitação, para que os agricultores utilizem as ferramentas de forma eficiente) e a infraestrutura, visto que em certas regiões, a falta da internet ou da energia elétrica, ocasionalmente, serão barreiras limitantes para o uso de uma tecnologia mais avançada.”