Opinião

Inteligência Artificial: ameaças ou oportunidades?

 

Nizomar Falcão Bezerra*

 

Dentro de 20 anos, 50% das nossas tarefas serão executadas por meio da inteligência artificial. Essa tecnologia gera muitas expectativas e apreensões no tocante ao desaparecimento de certas atividades profissionais. Mas, esse é um alarme falso: inúmeras oportunidades surgirão por conta dessa tecnologia. Esse temor se deve ao fato de que ainda temos um conhecimento muito limitado sobre nossa própria inteligência.

A tecnologia de produção consorciada, mandala e psicultura (foto acima) é uma realidade em várias pequenas propriedades, muitas delas com a instalação do NIT (Núcleos de Irradicação Tecnológica) 

 

Tende-se a pensar a inteligência como uma dimensão única, como uma nota musical que fica cada vez mais alta. Muito disso é causado pela equivocada medição do coeficiente de inteligência (QI). Neste caso, começa com um simples QI baixo, equivalente a um rato ou camundongo, que pode ser maior em um chimpanzé, talvez maior em uma pessoa idiota, eleva-se em pessoas de inteligência mediana, e depois, possivelmente, um gênio. Uma inteligência que fica cada vez maior. Isso é uma grande inverdade; está completamente errado.

 

A inteligência humana não é isso. A inteligência humana funciona muito mais como uma sinfonia de diferentes notas, cada uma delas tocada em diferentes instrumentos de percepção e ambiente, diferentemente da inteligência artificial que opera em uma invariável nota, independente das condições ambientais.

 

Existem vários tipos de inteligência em nossas mentes. Temos raciocínio dedutivo, inteligência emocional, inteligência espacial, inteligência de direção etc., uns 100 tipos diferentes de inteligência, que estão agrupadas e variando em diferentes intensidades, com pessoas diferentes.

 

Falando de animais, eles também têm outra capacidade, outra sinfonia, com diferentes tipos de inteligência. Às vezes, esses instrumentos podem ser os mesmos que nós humanos. Eles podem até pensar do mesmo modo que nós, mas têm uma organização distinta e, em alguns casos, superiores ao homem. É o caso da memória de longo prazo de um esquilo ou de uma gralha, realmente fenomenal, que permite a esses animais lembrar onde enterraram as nozes ou os pinhões, respectivamente. Em outros casos, podem ser inferiores.

 

O que a inteligência artificial vai provocar é uma CONCENTRAÇÂO DE RENDA e EXCLUSÃO SOCIAL.

 

*Nizomar Falcão Bezerra é assessor de Irrigação da Ematerce