Mulheres lideram 30% das famílias assistidas pela Anater. Ceará segue tendência
24 de julho de 2020 - 17:19 #anater #crato #Projeto Dom Hélder Câmara
Aécio Santiago - aecio.santiago@ematerce.ce.gov.br / fotos: escritório Ematerce Crato e Anater
Desde que iniciou suas atividades, em 2015, a agência vem priorizando em seus projetos e programas as famílias em situação de maior vulnerabilidade social da região do Semiárido, comunidades e povos tradicionais, mulheres e jovens rurais, assegurando oportunidades de integração econômica e social por meio da Ater e contribuindo para o resgate da cidadania, para a autonomia e para a melhoria da qualidade de vida dos agricultores familiares.
Hoje, a Anater está presente em todas as unidades da Federação, beneficiando diretamente cerca de 90 mil famílias de agricultores em quase 2.000 municípios de todas as unidades da Federação.
Do total de famílias assistidas pela Anater, cerca de 30% são dirigidas por mulheres, que atuam no plantio, na colheita, no beneficiamento e na comercialização dos seus produtos; lideram associações e cooperativas; são empreendedoras, administradoras, assumindo um importante papel no processo produtivo, além de contribuir efetivamente para construir caminhos para superação das situações de desigualdades.
No Ceará
Mesmo com uma amostragem parcial, o estado também segue uma tendência dessa participação feminina nos negócios da agricultura familiar. No município do Crato, Região do Cariri, algumas atividades do Projeto Dom Hélder Câmara (PDHC), segundo dados do escritório da Ematerce local, são gerenciadas por mulheres, com um percentual de 58% delas atuando pelo Dom Hélder de 58% e 57% no município vizinho, Farias Brito.
As principais atividades são criação de galinha caipira e suinocultura. Para a produtora Poliana Gonçalves da Silva (foto acima), residente no Sítio Cachoeira dos Gonçalves, no Crato, Distrito Dom Quintino, que mantém um projeto produtivo com suínos.
A produtora rural vende os porcos no comércio local e redondezas da comunidade, vende o animal abatido tratado como, também, o animal vivo. Segundo o técnico da Ematerce e engenheiro agrônomo Abelardo Arraes, o quilo da carne tratada é comercializado a R$12, mas vai aumentar para R$14,00 enquanto o quilo do animal vivo custa R$7,00.
“Após o acesso ao crédito de custeio no valor de R$2.400,00 pelo Dom Hélder, a agricultora relatou que vai fazer um empréstimo no AgroAmigo pelo Banco do Nordeste para ampliar a pocilga e comprar uma forrageira. No momento ela tem 11 porcos, sendo que seis são adultos e cinco leitões”, explicou Abelardo, que acompanha o projeto juntamente com o gerente local da Ematerce Regional Crato, Antônio Porto.
O investimento deu os primeiros resultados. Com a venda de sete animais no valor de R$4.200,00, descontado o investimento com ração, medicamentos e a compra de oito porcos, no valor total de R$3.180,00, a produtora teve o lucro de quase um salário mínimo, R$1.020,00.
Fonte: Anater e Escritório Ematerce