MAPA e Ematerce proporcionam certificação de agroindústrias

1 de março de 2023 - 09:42

Jornalista Edilmo Gurgel - Ascom Ematerce Fotos: Ascom - Ematerce

Legenda: O produtor Silvanar Pereira (de branco), o Auditor Agropecuário do MAPA, Francisco Leandro e os técnicos da Ematerce, Zilval Fonteles e Francisco Dalber visitando a agroindústria São João.

A Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Ceará – Ematerce e o setor de Auditoria Fiscal de Produtos Agropecuários da Delegacia Federal do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento no Ceará, estão intensificando a certificação de pequenas agroindústrias de cajuínas e polpas de frutas, em propriedades de agricultores familiares assistidos pela Ematerce. Nos últimos dois anos, já foram habilitadas e certificadas, no Ceará, 30 agroindústrias familiares que, de acordo com a Instrução Normativa 72/2018, já poderão negociar seus produtos tanto no município, no estado como também, vendê-los para os programas governamentais PAA (Programa de Aquisição de Alimentos) e PNAE (Programa Nacional de Alimentação Escolar).

De acordo com o que preconiza a Instrução Normativa 72/2018, todas as agroindústrias, independente do porte, para funcionar regularmente precisa ser certificada e receber assistência técnica de um profissional da área agronômica e de alimentação. No caso das 30 empresas já certificadas pelo MAPA, todas elas são assistidas pela Ematerce e não precisam pagar por esse serviço por serem também pequenas e de produtores familiares.

Legenda: O produtor Silvanar Pereira conversando sobre envasamento de cajuina com o técnico da Ematerce de Aracoiaba – CE, Francisco Dalber.

Atualmente, o Estado do Ceará tem cerca de 420 agroindústrias de polpas, cajuínas e sucos diversos sendo, 40 grandes, 80 médias e 300 de pequeno portes. A maioria das pequenas surgiram com produção direcionada ao consumo da própria família que, através da assistência técnica da Ematerce se organizaram e hoje, já proporcionam emprego à comunidade onde estão instaladas. Outro fator relevante é a aplicação da legislação sanitária federal que recebe o inteiro apoio da Ematerce, sendo a empresa pública de Assistência Técnica e Extensão Rural do Nordeste que mais incentiva seus beneficiários a se regularizarem, afirmou o Auditor-Fiscal Agropecuário do MAPA, Francisco Leandro Melo.

Lagoa de São João

Um exemplo exitoso está na fazenda São João, localizada na comunidade de Lagoa de São João, no município de Aracoiaba-CE. O produtor familiar, Silvanar Pereira é um agricultor familiar que começou a fazer cajuína para o consumo da família, aproveitando o excedente do caju na época da safra. Fala o senhor Silvanar que o produto foi tendo boa aceitação na comunidade, quando resolveu aumentar a produção e vender na sede do município e também nas comunidades vizinhas. Hoje, com a certificação, já atende as solicitações de aquisições através das mídias sociais (internet) para vários negociantes e famílias de Fortaleza-CE e, proporciona emprego para seis pessoas da própria comunidade, na época da safra. A sua pretensão é dobrar a produção de cajuína, que agora é de 25.000 litros por ano. Quanto ao lucro é bom e o produto é bem aceito. O litro é vendido a R$ 7,50 a unidade, ½ litro custa R$4,12 e 330ml é R$ 3,12, acrescenta Silvanar. Para o técnico da Ematerce, Engenheiro Agrônomo, Francisco Dalber (escritório de Aracoiaba-CE), outras agroindústrias do município já se acham estruturalmente prontas para receberem a auditoria do MAPA para vistoria.

Legenda: O produtor familiar Silvanar Pereira sendo orientado pelo Auditor Fiscal do MAPA, Francisco Leandro.

Para os assessores da Gerência de Apoio Técnico da Ematerce, Engenheiro Agrônomo, Zilval Fonteles e a Engenheira de Alimentos, Paloma Lima, a Ematerce prever para 2023 ampliar a expedição de certificado em mais 70 agroindústrias, em todas as 18 regiões administrativas da Empresa. A certificação de agroindústrias tem como principal função proporcionar à população consumidora maior segurança alimentar e sanitária consequentemente, conscientizar os produtores rurais sobre o pleno aproveitamento do potencial de produção de frutas de suas unidades familiares, acrescentam os técnicos Zilval e Paloma