Maranguape-CE: Ematerce orienta pequenos e médios produtores de acerola

1 de novembro de 2023 - 10:51

Ascom / Edilmo Gurgel – edilmo.gurgel@ematerce.ce.gov.br Foto: Ascom Ematerce

Legenda: técnicos da Ematerce conversando com produtor de acerola em Maranguape-CE.

A Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Ceará- Ematerce, escritório de Maranguape-CE, cidade que faz parte da região metropolitana de Fortaleza-CE, está atendendo a 100 unidades de produção de acerola de pequeno e médio portes. Dentre as propriedades assistidas, destacamos a fazenda Nossa Senhora de Fátima, do agropecuarista Nazareno Cordeiro que, em parceria com o administrador e rendeiro, José Moura de Lima (Ferreira), plantaram 2.500 pés de aceroleiras, 750 pés de limoeiros da variedade taití e 2.200 pés de goiabeiras. A Ematerce atende aos fruticultores da região de Maranguape-CE, desde a implantação das culturas, tratos culturais e orientação de tendência de mercador consumidor, afirma o expansionista da Ematerce, Daniel Frota.

Na fazenda Nossa Senhora de Fátima, a colheita da fruta é feita diariamente, durante todo o ano e o fornecimento é realizado três vezes por semana, aos compradores da Ceasa-CE de Maracanaú-CE. Complementa o rendeiro Ferreira que, atualmente, os preços pagos pelas frutas são compensadores. O mercado está pagando pela caixa de 25 quilos de acerolas o valor de R$ 70,00, da goiaba R$ 50,00 e do limão R$ 60,00, auferindo em torno de 40% de lucro líquido.

Acerola no Brasil

O estado maior produtor de acerola do Brasil é Pernambuco com 23,11% da produção nacional, seguido pelo Ceará com 14,32% e Bahia com 10,48% (informação da Embrapa). No Ceará, as regiões da Serra da Ibiapaba, Cariri, Maciço de Baturité e Maranguape são os maiores produtores do estado. Existem no Ceará, vários produtores de acerola orgânica, disseminados por todas as regiões e com especial ascensão nas regiões da Ibiapaba, Sertão Central e Cariri. A região do Nordeste detêm 64% da produção nacional da fruta.

Histórico

A acerola chegou ao Brasil em 1958. Adaptou-se e disseminou-se pelo território Brasileiro através do empenho pessoal da engenheira agrônoma e professora, Maria Celene Ferreira Cardoso de Almeida, da Universidade Federal Rural de Pernambuco(UFRPE), que a trouxe da Costa Rica, na bagagem pessoal. Hoje, muitos brasileiros têm o conceito que a acerola é uma fruta nativa do Brasil, porque se cultiva com facilidade a aceroleira em residências, parques e jardins. O cultivo e consumo são bastante estimulados, pois a mídia especializada a coloca como importante fonte de vitamina C, que quando comparada com o suco de limão ou de laranja, possui de 50 e 100 vezes maior teor dessa vitamina, respectivamente. Essa alta concentração da vitamina C expressa sua importância como atividade funcional, porque possui antioxidantes que atuam sobre radicais livres e tem ação imunoestimulante. Além disso, o plantio promovendo produção e comercialização da acerola em diferentes regiões do Nordeste e no Estado de São Paulo causam benefícios sócio-ambientais, minimizando o êxodo rural e garantindo rentabilidade ao homem do campo, como ocorreu em Junqueirópolis, São Paulo. Em 2015, comemora-se no Brasil, 57 anos da chegada desta ilustre fruta estrangeira, mas que se naturalizou brasileira, a cereja das Antilhas, ou popularmente conhecida no Brasil como acerola.