Baixa da Vambira: um assentamento de sucesso

30 de novembro de 2009 - 03:00

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AComunidade Baixa da Vambira, em Viçosa do Ceará, é exemplo desucesso, dentre os assentamentos, no Estado do Ceará. Oempreendimento é composto por 20 famílias, lideradas por membros daAssociação Comunitária do Grupo de Família da Delgada, eassistido pela Ematerce desde o início. A organização e aperseverança, demonstradas pelos assentados, transformaram, em 10anos, a realidade das famílias nela residentes.

 Apropriedade foi adquirida, com financiamento do Programa ReformaAgrária Solidária, do Governo do Estado, em novembro de 1998, pelaquantia de R$ 106.843,00, por filhos de sócios da associaçãocomunitária, atingidos, à época, pelas poucas oportunidades deemprego fora da zona rural. À época, o imóvel possuía apenas0,25 hectare, ocupado com cana-de-açúcar, estábulo para 20matrizes bovinas, fábrica de aguardente, com três alambiques, e ummotor elétrico de 10HP.

 Segundo o articulador da Rede de Metodologias Participativas, Engº Agtº José Roberto Ribeiro, lotado na Gerência de Apoio Técnico da Ematerce, no escritório estadual, o trabalho de assistência técnica e extensão rural, de modo intensivo,  às famílias do assentamento e as políticas públicas,voltadas para o homem do campo, como o Pronaf(Programa Nacional deFortalecimento da Agricultura Familiar), a realidade da comunidade éoutra bem diferente.

 Extensionistasda empresa elaboraram vários projetos Sic (subprojetos deinvestimento e custeio), que permitiram a construção de 20 casasresidenciais; 2 poços amazonas; 3 poços profundos, equipados, paraacúmulo de água para irrigação; 2 hectares, com sistema deirrigação de fruteiras, e um depósito comunitário. Alguns dessesinvestimentos foram concluídos com recursos financeiros da própriaassociação comunitária.

 NovaRealidade

 No momento, a Baixa da Vambira possui uma área irrigadae explorada de 30 hectares, com plantio de bananeiras, maracujás etangerinas; outros 20 hectares ocupados com culturas de subsistência(milho e feijão) e mandioca; 12 hectares de cana-de-açúcar, e doishectares com hortaliças (pimentão, couve-flor, acelga, pimenta decheiro e beterraba). O rebanho é composto por 45 cabeças de gadoleiteiro que garante o abastecimento das famílias. Além disso, oassentamento também produz 49 mil litros de aguardente, vendidos aatravessadores.

 Enfatizou Roberto que aprodução do assentamento, destinada à comercialização, évendida para cidades, como: Tianguá e Parnaíba, no Estado do Piauí.O transporte é feito, um caminhão, adquirido pela associaçãocomunitária via Pronaf. Em novembro do ano passado, os assentados,na Baixa da Vambira, quitaram a sétima, das dezessete parcelas, paraaquisição da propriedade, no valor de R$ 9.500,00, além de estaremem dia com financiamentos do Pronaf A e AC.

Destacou, em seguida, que arenda mensal de cada família, assentada, gira, atualmente, por voltade dois salários mínimos. Em sua maioria, as residências,construídas no assentamento, são alpendradas, com revestimentocerâmico, além de disporem de TV e geladeira. O abastecimento d’água é realizado, por meio de adutoras e poços profundos,construídos pelo Governo do Estado, por intermédio do Programa SãoJosé Agrário, a fundo perdido. OProjeto “Luz Para Todos”, do Governo Federal, garante oabastecimento de energia para as residências e atividades agrícolas.

 

O Programa de Saúde das Família (PSF) é responsávelpelo atendimento, no assentamento, contando uma agente de saúde dacomunidade, na composição da equipe, e uma unidade de saúde noassentamento vizinho. A alfabetização de adultos e crianças éfeita pela rede escolar do município existente no local, em setratando do ensino fundamental, e na sede do município, a partir doensino médio.

 

Ressalte-se, conforme esclareceu o articulador, abusca por um eficiente programa de capacitação, sempre voltado paraa melhoria dos assentados, possibilita a Ematerce a desenvolver várias atividades agropecuáriasna comunidade. Recentemente, foram realizados cursos defruticultura e enxertia, uso correto de agrotóxicos, classificaçãoe embalagem de frutas, agricultura orgânica, associativismo egerenciamento.

 

Aspráticas agrícolas apresentam evolução com o acompanhamento detécnicos, orientando o uso de matéria orgânica, em coberturamorta, e abolição de queimadas, resultando numa agricultura compráticas conservacionistas e minimização do uso de agrotóxicos.

 

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Assessoriade Comunicação e Ouvidoria

JornalistaJoão Maroto: joao.maroto@ematerce.ce.gov.br

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