Morada Nova e Limoeiro do Norte: Ematerce e SDA implantam “kits” de irrigação do PIMP

30 de setembro de 2019 - 16:01 # # #

Antonio José de Oliveira - Assessor de Comunicação Social E-mail: antonio.jose@ematerce.ce.gov.br Fone: (85) 3217.7872

A Secretaria do Desenvolvimento Agrário do Ceará (SDA), por intermédio da Ematerce (Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Ceará), com o objetivo de amenizar o sofrimento das famílias rurais, atingidas por estiagens, está disponibilizando aos irrigantes do perímetro de Morada Nova um total de 100 “Kits” de irrigação, por gotejamento, microaspersão e aspersão, intermédio do Programa de Irrigação em Minha Propriedade-PIMP). Disponibilizaram, também, dois técnicos, para orientar os agricultores, em tempo integral, de modo a contribuir para resgatar a economia e a qualidade de vida das famílias rurais.

De acordo com informação do assessor estadual  da Ematerce, Eng.º Agrº Nizomar Falcão (foto acima), lotado na Gerência de Apoio Técnico (Geate), no Centro Gerencial da empresa, em Fortaleza-CE, as prefeituras de Morada Nova-CE e Limoeiro do Norte-CE colocaram máquinas, para escavarem as valas, objetivando o enterrio das linhas principais do sistema de irrigação fixo. Nizomar explicou que os sistemas de irrigação fixos diminuem bastante os trabalhos, para os irrigantes, bem como os custos da irrigação, visto o modelo adotado ser eficiente na aplicação de água. Adiantou, também, que a responsabilidade da escavação das valas é dos irrigantes, porém as prefeituras resolveram colaborar com os agricultores, para que os serviços sejam agilizados, além de aumentarem os benefícios para os seus munícipes.

Legenda: Escavação de valas, por trator, é da responsabilidade dos irrigantes, porém as prefeituras estão colaborando com esse trabalho.

Ainda sobre esse trabalho, afirmou que, com a suspensão da oferta de água pelo açude Banabuiú, para o perímetro irrigado de Morada Nova, todas as atividades, praticamente, foram paralisadas, nesta área, por conta, principalmente, do tipo de irrigação, ali praticada (irrigação por inundação da cultura do arroz). Enfatizou, igualmente, que a redução da oferta de água, destinada ao perímetro, provocou uma situação de crise, agravada, nos últimos anos, por chuvas, na bacia hidrográfica, ficando abaixo da média histórica, com queda significativa da produção de grãos, fruteiras, leite, capim e sementes. Dessa maneira, centenas de hectares estão abandonadas e os trabalhadores sem ocupação no campo. Falando a respeito da crise hídrica, Nizomar enfatizou ser grave e atinge muitas famílias de pequenos produtores, no Vale do Banabuiú e Baixo Jaguaribe, com escassez de água, para o consumo, em várias comunidades, sem falar da produção agropecuária, que vem massacrando os produtores rurais. “Trata-se de um problema que vai além dos perímetros irrigados”, apontou.

Por último, salientou que, considerando que o fornecimento de água, para os lotes agrícolas, deixou de ser feito a fio d’água, os agricultores perfuraram, por conta própria poços nos lotes, que estão com o lençol freático, a mais de 23 metros de profundidade, na esperança de manter uma área de culturas permanentes e temporárias, especialmente, capim, para alimentar os animais. O técnico da Ematerce, ante tal situação, concluiu: “Quem visita os projetos de irrigação assusta-se com a mudança, verificada desde 2014, mediante o atual ciclo de chuvas abaixo da média no Ceará”.