Ematerce: Plantio de Mandioca Adensada é foco de videoconferência

16 de novembro de 2020 - 18:52 # # #

Antonio José de Oliveira – Assessor de Comunicação E-mail: antonio.jose@ematerce.ce.gov.br Fone: (85) 3217.3217.7872

O Engenheiro Agrônomo Henrique Araújo Lima (foto abaixo), ex-técnico da Ematerce, no Centro Gerencial, em Fortaleza-Ceará, e consultor do Sebrae-Ceará, ministrou, por videoconferência, na tarde de 16 de novembro de 2020, uma palestra, com foco no Plantio de Mandioca Adensada. Presentes dirigentes da Ematerce, gerentes estaduais, regionais, locais, assessores, extensionistas e internautas. A transmissão deu-se pelas plataformas Zoom (59 pessoas) e pelo Youtube Oficial da Ematerce (28 participantes). O palestrante é formado pela Universidade Federal do Ceará (UFC) em Engenharia Agronômica, turma de 1973.

Na abertura do evento virtual, o presidente em exercício da Ematerce, diretor técnico Itamar Lemos Marques (foto abaixo), agradeceu ao palestrante e ao ex-técnico da Ematerce o aceite do convite, para que, com seus conhecimentos e experiências, em Mandiocultura, proferisse uma palestra, sobre um assunto tão importante para a Agricultura Familiar, em se tratando da produção de alimentos, mediante a exploração racional da Mandiocultura, destinados ao consumo humano e animal.

O consultor do Sebrae-CE, Henrique Araújo, sensibilizado, retribuiu os agradecimentos e disse da satisfação em falar para amigos, ex-colegas da Ematerce, agricultores e internautas. Em seguida, lembrou que, quando iniciou seu trabalho com Mandioca, na Ematerce, teve um grande mestre e amigo, a seu lado, com o qual aprendeu muito, haja vista ter sido um estudioso e pesquisador da Mandiocultura. Trata-se do Engenheiro Agrônomo Antonio Raimundo dos Santos, falecido, há anos, que o indicou ao Sebrae-CE, como consultor. Este fato deixa-me orgulhoso, por uma ação de amizade elogiável por aquele que amava o que fazia e era respeitado por outros estudiosos dessa cultura, inclusive no Nordeste brasileiro.

Em sua palestra, dentre outras abordagens, reportou-se ao cultivo da mandioca adensada, o uso da parte aérea/raiz, como fonte proteica e energética para animais. Fez, também, comentários sobre a mandioca, no tocante aos componentes, haste, pecíolo e folha. Citou, também, os valores nutricionais e bromotológicos (raiz e parte aérea), detalhando a matéria seca, proteína bruta, fibra, gordura, cinzas, extrato não nitrogenado nos modos de raiz fresca, seca e ensilada.

Enfatizou Henrique Araújo ser a principal finalidade da mandioca adensada a produção de grande quantidade de massa verde/área. A respeito da composição da massa verde, explicou que a parte aérea compreende de 16% a 18% de proteína bruta; somente folhas, de 28% a 32% de proteína bruta. Isso, segundo dados do estudioso Luiz Homero Carvalho, da Embrapa-BA.

Chamou a atenção, igualmente, para um fato interessante, ou seja, a mandioca contém seis vezes mais vitamina C do que o limão. Foi mais além e complementou: “A raiz da mandioca é milho e a folha é proteína na alimentação animal”, pontuou. Frisou que a mandioca, em se plantando, dá no pior solo do mundo.

No decorrer de sua explanação, o palestrante fez alusão a vários trabalhos e cursos de capacitação exitosos, que fez, acerca do plantio de Mandioca adensada, em municípios cearenses e em outros dos Estados da Bahia e do Maranhão, o que mereceu elogios de produtores rurais, que puseram em prática suas orientações técnicas, ficando satisfeitos, após constatarem o aumento da produção, da produtividade e os vários usos da mandioca na alimentação animal e humana.

Henrique lembrou que por tratar-se de uma cultura, que proporciona rendimentos financeiros compensadores, vale a pena incentivar os agricultores a plantarem mandioca adensada , por intermédio do emprego de tecnologias e boas práticas corretas de cultivo, a exemplo do preparo de área mecanizada ou na enxada, a correção da acidez do solo, a adubação, o espaçamento, o alinhamento e balizamento do plantio, tratos culturais e o manejo, o controle de pragas, de doenças, além dos cuidados com a escolha de variedades mais produtivas.

Destacou, ainda, que a demanda (procura) por raízes e ramas da mandioca aumenta, nos anos secos, quando a cultura se torna a principal fonte de energia e proteína na alimentação dos rebanhos e aves. Dentre as vantagens da mandioca, esclareceu ser uma planta resistente à seca e ser a maior produtora de calorias por unidade de área cultivada.

Ressalte-se que a Mandiocultura é uma atividade agrícola, de fundamental importância social e econômica, bastante consumida, na alimentação humana e animal, afora sua utilização em subprodutos e produtos industriais. Ao final, alguns participantes fizeram-lhe perguntas e, pelas convincentes respostas, Henrique mereceu elogios e uma salva de palmas.

Com a palavra, Engenheiro Agrônomo Zuza de Oliveira (Foto acima), consultor da indústria de leite Betânia, anunciou a realização de quatro Dias de Campo, sobre Mandioca Adensada na alimentação animal, em parceria com a Ematerce, Instituto Luiz Girão e a indústria Betânia. Isso, em 2021, nos municípios de Mauriti (em abril), Tabuleiro de Russas (em maio); Iguatu (em junho); e Fazenda Normal (em setembro).