Ematerce atende a 2.500 cajucultores através dos escritórios de Redenção-CE, Barreira-CE e Acarape-CE

19 de outubro de 2021 - 08:05

Ascom / Edilmo Gurgel – edilmo.gurgel@ematerce.ce.gov.br Fotos: Edilmo Gurgel- Ascom Ematerce

O Engenheiro Agrônomo da Ematerce, ,José Audisio  e o produtor Teodoro Filho, na plantação de cajueiro, em Redenção -CE

O escritório da Ematerce de Redenção CE, responsável pelo atendimento aos produtores rurais dos municípios de Acarape- CE e Barreira-CE, dentre as diversas atividades da agropecuária assistidas uma se destaca: a produção de caju. As três unidades de atendimento da Ematerce assistem a 2.500 produtores de caju, numa área de 4.350 hectares de cajueiro anão precoce e 6.600 hectares de cajueiro gigante ou comum.

Geral do pomar de cajueiro anão precoce da Fazenda Lagoa Comprida, em Redenção-CE.

Dentre os produtores de caju vários se destacam pela sua organização empreendedora, pela comercialização da produção, pela transformação da produção de caju em subprodutos, na própria unidade de produção, através de pequenas agroindústrias de transformação do pedúnculo em polpa e da castanha em amêndoa própria para consumo. Outros produtores mantêm seus pomares dentro das orientações técnicas preconizadas pelos técnicos da Ematerce, conseguindo índices de produção e produtividade aceitáveis.

O técnico da Ematerce, Fabiano Castelo Branco sendo entrevistado pelo programa Nordeste Rural.

Podemos citar como exemplo, a propriedade Lagoa Comprida, do agricultor Teodoro Holanda Filho, na comunidade Lagoa Dantas, no distrito de Antônio Diogo, em Redenção Ceará. Nos 90 hectares da fazenda Lagoa Comprida, o Sr. Teodoro planta 35 hectares de cajueiro sendo, 20 hectares de anão precoce, variedades CCP- 76 e Br- 189 e 226 e 15 hectares de cajueiro gigante ou comum. Na safra de 2020/21, na área de cajueiro anão precoce, estima-se uma safra de 14.000 quilos de castanha e 82.200 quilos de pedúnculo e no cajueiro gigante, 4.500 quilos de castanha e 28.350 quilos de pedúnculo.

As colheitas de castanha e de pedúnculo são vendidas para as agroindústrias de polpas de frutas e beneficiamento de castanhas, nos municípios de Redenção – CE, Barreira – CE, Pacajus-CE, Baturité – CE e Fortaleza – CE. Atualmente, o preço da castanha de caju ou fruto é vendido a R$ 6,00 o quilo, de forma “in natura”, enquanto que o mercado está pagando por uma caixa de 25 quilos de pedúnculo, R$ 20,00. Para o produtor Teodoro Filho, esses valores estão ótimos, dando um bom lucro e acrescenta que a safra desse ano (2021) ,está ótima, melhor que a do ano passado, por causa do inverno com chuvas regulares, na região. A mão de obra na fazenda Lagoa Comprida é em media de 12 pessoas, durante todo o ano.

Os técnicos da Ematerce de Redenção-CE, José Audisio, gerente do escritório, Fabiano Castelo Branco e José Marcílio dos Santos, afirmam que o cajueiro anão precoce plantado nos municípios de sua atuação é de excelente padrão genético porque são do Programa Hora de Plantar, do governo do estado /Secretaria do Desenvolvimento Agrário – SDA, através da Ematerce. Em 2021, foram distribuídas em Redenção – CE, 3.450 mudas, Acarape – Ce, 350 mudas e Barreira-CE, 3.700 mudas, para 80 produtores.

Acrescentam os técnicos da Ematerce que são repassadas aos cajucultores da região, durante o ano, orientações técnicas sobre adubação, tratos culturais, combate às pragas e doenças e também, durante a safra, discutem sobre a tendência do mercado de castanhas e do pedúnculo.

De acordo com a Secretaria do Desenvolvimento Econômico e Trabalho do Estado do Ceará, os subprodutos do caju, principalmente a castanha de caju é de grande importância econômica para a economia do Ceará. A castanha de caju transformada em amêndoas, está em primeiro lugar na pauta de exportação de produtos agrícolas do Ceará, com 62,5 milhões de dólares americanos, em 2021, seguida por frutas, cera de carnaúba e a lagosta.