Ematerce, SDA e órgãos parceiros promovem teleconferência no Dia Estadual do Caju

15 de novembro de 2021 - 10:23 # # #

Antonio José de Oliveira - Jornalista e Assessor de Comunicação. E-mail: antonio.jose@ematerce.ce.gov.br Fone: (85) 3217.7872

A Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Ceará (Ematerce), no Dia do Caju, precisamente, em 12 de novembro, promoveu, nesta importante data, uma Live (Teleconferência), ministrada pelo assessor estadual da Cajucultura, no âmbito da Ematerce, Engº Agr° Egberto Targino Bomfim, e por José de Sousa Paz, pela Secretaria do Desenvolvimento Agrário do Ceará (SDA). Foram palestrantes, também, o Doutor Carlos Alberto Kenji Tanigushi (da Embrapa/CNPAT), falando sobre Nutrição Mineral do Cajueiro-Anão Precoce, além do cajucultor Francisco Fagner Lopes, que apresentou um caso de sucesso na Cajucultura.

O evento contou com a participação da diretoria executiva, gerentes estaduais, regionais, locais, assessores estaduais, coordenadores de postos avançados, extensionistas, agricultores familiares, representantes de organizações parceiras, convidados e internautas. É que a Ematerce tem muito a ver com esta importante data, visto prestar assistência técnica, num trabalho conjunto, com a SDA. Na teleconferência, foram mestre de cerimônias e mediador o jornalista e comunicador social Antonio José de Oliveira e o Engenheiro Agrônomo Egberto Targino Bomfim, além da atuação da equipe do Untic (Unidade de Tecnologia da Informação), nas pessoas de Elvis e Janaína.

Na abertura da teleconferência, o presidente da Ematerce, Antonio Rodrigues de Amorim (Foto acima), agradeceu a honrosa presença dos participantes e afirmou tratar-se de um evento importante, pelo que a Cajucultura representa, para a economia do Ceará, merecendo atenção especial da Ematerce, da SDA e das organizações parceiras, sem falar dos pequenos cajucultores, que, num trabalho conjunto, precisam solucionar os problemas, na exploração e comercialização do caju, buscando-se acabar com os entraves, e crescerem termos de melhorias nessa atividade. Acrescentou ser o Cajueiro uma planta sagrada e que dele tudo se deve aproveitar.

Reforçando seu ponto de vista, asseverou ser importante valorizar e expandir os cajueirais, de forma racional, além da preocupação com a maior comercialização das castanhas e dos pseudofrutos, transformando-os em polpas, sucos, mel, doces, geleias, farinha e outras iguarias à base do caju, considerando-se ser um alimento rico em nutrientes, como a vitamina C, Cálcio, Ferro, Fósforo etc.

Legenda: Com assistência técnica e extensão rural, são colhidos pseudofrutos de qualidade, sadios e fáceis de serem comercializados.

Encerrando a Live, Amorim parabenizou os cajucultores e extensionistas, que se dedicam, no dia a dia, a explorar, racionalmente, a Cajucultura, assistidos pela Ematerce. Teceu, ainda, elogios ao agricultor familiar Fagner Lopes, que prossegue, firme e entusiasmado com os resultados, obtidos, em sua propriedade Camará, em Santana do Acaraú-CE, trabalhando para alcançar, dentro de suas possibilidades, o melhor e o que seja rentável para a Cajucultura. Por último, elogiou os palestrantes, que, com amplos conhecimentos técnicos e suas experiências, contribuíram para que os participantes aprendessem um pouco mais acerca da importância e valorização do caju e de seus subprodutos.

EXPLANAÇÕES

Em suas explanações, os assessores estaduais Francisco Paz, pela SDA, e Egberto Targino, pela Ematerce, destacaram as principais ações de campo e os resultados alcançados, voltados para a revitalização e desenvolvimento sustentável da Cajucultura, no Estado do Ceará, executados em benefício dos cajucultores. Ambos reconheceram haver necessidade da adoção de mais tecnologias, em seus plantios, nos tratos culturais, na produção e comercialização, objetivando o aumento da produção, da produtividade, da qualidade das castanhas e dos pseudofrutos e, consequentemente, para maior participação, nos mercados consumidores do Brasil e de países importadores de castanhas, o que redundará no aumento da renda líquida familiar, a qual ajudará a melhorar suas condições de vida, no campo, incluindo a geração de empregos e de mais dividendos para a economia estadual.

O assessor da SDA, Francisco Paz, afirmou que a área plantada de cajueiro, em 2008, era de 386.757 hectares e que, em 2020, baixou para 269.910 hectares, devido a fatores climáticos. Ressalte-se que o Estado do Ceará produziu, em 2020, mais de 85.177 toneladas de castanha de caju. O número representa 61,2% de toda a produção do Brasil.

Em seus esclarecimentos, os assessores estaduais da Ematerce e da SDA, respectivamente, Targino e Francisco Paz, enfatizaram que se deve trabalhar mais e avançar, nos índices da produtividade da Cajucultura cearense, ainda insatisfatórios, devido, dentre outros fatores, aos anos consecutivos de seca, que, em alguns municípios, provocou a dizimação de cajueirais.

Discorreram, ainda, sobre a Capacitação dos pequenos cajucultores, a exemplo, da substituição de copas, cursos de operador de motosserra, excursões, a cadeia produtiva do caju, o monitoramento e controle de pragas e doenças, curso para aplicadores de defensivos, curso para beneficiamento da castanha, dentre outros. Reportaram-se, também, quanto à força de trabalho da Ematerce, com 49 escritórios e 70 extensionistas, responsáveis pelos trabalhos com os pequenos cajucultores.

NUTRIÇÃO MINERAL DO CAJUEIRO-ANÃO

O conferencista e pesquisador da Embrapa/CNPAT, Doutor Carlos Alberto Kenji Tanigushi, deu uma verdadeira aula sobre a Nutrição Mineral do Cajueiro, fato que mereceu elogios e aplausos dos participantes da teleconferência. Por meio de lâminas, destrinçou tudo o que deve ser posto em prática, pelos cajucultores, mesmo com plantios, em pequenas áreas, para a sustentabilidade da exploração racional dessa cultura no Ceará.

Prosseguindo, fez abordagem, sobre a adubação correta, a coleta de amostras do solo, a interpretação dos resultados, a fertilização e absorção do solo, a recomendação de adubação para cajueiro-anão precoce, a calagem, a implantação de calcário na implantação de pomares, a adubação da cova de plantio, a adubação de cobertura, a adubação foliar e análise química da planta, dentre outras técnicas e conhecimentos práticos e teóricos a respeito do sucesso nos plantios de cajueiro-anão precoce. Carlos Alberto agradeceu o convite da Ematerce, para abordar um assunto de suma importância, no Dia do Caju, e parabenizou-a pela oportuna e excelente iniciativa.

UM CASO DE SUCESSO

A teleconferência foi enriquecida, ainda, com a apresentação, pelo agricultor familiar Fagner Lopes (Foto acima), em sua propriedade Camará, em Santana do Acaraú-CE, que, com dedicação e persistência, vem obtendo resultados positivos e com disposição para aumentar a área com cajueiro-anão, sem falar do aumento da produção de cajuína, polpas e produtos, derivados do pseudofruto caju. Referiu-se à venda da castanha de caju torrada (amêndoa), desde 2015 até a presente data, que passou dos 600 kg (2015) para 960 kg (2020) e tem contrato de 1.200kg em 2021 no mercadinho. Sobre a venda de castanha torrada, queima a castanha, coloca-a sob o sol e chega ao mercado, com os consumidores sentindo o cheiro, diferente da industrializada. Os consumidores estão procurando bastante a castanha torrada, vendida no mercadinho local.

Legenda: O assessor estadual da  Ematerce, Engenheiro Agrônomo Targino Bomfim, acompanha, rotineiramente, o desenvolvimento dos cajueiros-anões, em propriedades rurais, nas quais os cajucultores são assistidos pela Ematerce.

Quanto à venda de cajuína, cujo nome é Clareana, (com embalagens tipo cesta de palha da carnaúba), esta agrega valor ao produto, iniciada, em 2004, com a produção de 1.236 litros, chegando a 22.425 litros em 2020. No tocante a plano para o futuro, sendo otimista, deseja dobrar a produção de castanha de caju para 2.000 quilos/ano; dobrar a produção de cajuína, anualmente, para 50.000 litros; processar polpa de fruta para o ano todo; e a aquisição de uma câmara fria.

Por sua vez, ele mencionou estar satisfeito com a empresa que lhe presta assistência técnica e extensão rural. Explicou que vende parte da produção para o Programa Nacional de Alimentação Escolar e para o Programa de Aquisição de Alimentos. Entusiasmado e satisfeito, sentenciou: “Pelo que conquistei, até o momento, na exploração do cajueiro-anão, devo tudo à Ematerce por intermédio dos extensionistas”, concluiu.

Com a palavra, o diretor técnico da Ematerce, Emanuel Itamar Lemos Marques (Foto acima), parabenizou os palestrantes, que deram um show de esclarecimentos, acerca do Cajueiro-Anão, e Fagner Lopes e sua família pelo empenho, no cultivo dessa cultura, na produção de cajuína, na venda de castanha de caju e subprodutos. Itamar desejou-lhe mais sucessos, declarando ser um admirador e que ele continuasse acreditando que, com trabalho e dedicação, orientação técnica dos extensionistas, conseguiria alcançar os objetivos esperados. Disse mais que se esforçaria, com apoio do presidente Amorim, para propor ao secretário De Assis, do Desenvolvimento Agrário do Ceará, a possibilidade de ser beneficiado pelo Fundap.

Ao final da teleconferência, com auxílio de lâminas (slides), Targino Bonfim mostrou algumas das ações e equipamentos, indicados pela Ematerce, na propriedade do Fagner Lopes, para melhorarem o trabalho com menor esforço físico. Por último, agradeceu a  participação de Fagner e família, elogiando-o, por ser um agricultor familiar, que adota e coloca em prática, mediante a troca de saberes, os ensinamentos, recomendados pelos extensionistas da Ematerce. Targino reportou-se, também, ao apoio da FAEC, (Federação da Agricultura e Pecuária do Ceará, do Senar (Serviço Nacional de Aprendizagem Rural), das Prefeituras, Secretarias Municipais de Agricultura, das Associações e Sindicatos Rurais, das Comunidades, das instituições de desenvolvimento e finanças  (Banco do Nordeste e Banco do Brasil), Cooperativas Rurais e da Federação dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais (Fetraece). Agradeceu, ainda, a presença de todos e disse estar feliz pela realização da Live, prestigiando o Dia Estadual do Caju.

DIA ESTADUAL DO CAJU

Legenda: A orientação dos extensionistas, na colheita do caju, é importante, para não haver perdas, na safra, que venham a comprometer a comercialização das castanhas e dos subprodutos. Foto de um plantio no município de Redenção-CE.

O Dia Estadual do Caju, haja vista sua importância, para a economia cearense, foi estabelecido, pela Lei, Nº 271, de 2011, para ser comemorado, anualmente, em 12 de novembro de 2012. Saliente-se que, neste dia, podem ser desenvolvidas ações de conscientização da utilização do fruto e de seus derivados, além de programações e eventos direcionados ao turismo cearense. A data está incluída no Calendário Oficial do Ceará, sendo o autor da Lei, o deputado estadual Manoel Duca da Silveira (Duquinha). Registre-se ter sido escolhido 12 de novembro, por ser o aniversário de criação de uma das grandes empresas exportadoras de caju do Ceará, que completava 50 anos, ou seja, a Companhia Industrial de Óleos do Nordeste – Cione – do empresário Jaime Aquino (falecido), o maior exportador e cultivador de cajueiros do Nordeste.

MUSEU DO CAJU

Criado, em 2007, por Gérson Linhares, diretor e idealizador do Museu do Caju, para promover o conhecimento da fruta, em processo educacional e social, localiza-se, entre Fortaleza e Caucaia, no Parque Guadalajara. No museu, é possível aos visitantes comerem iguarias e bebidas à base do caju, afora ver e comprar produtos artesanais, com a temática do caju, a exemplo de bolsas, artigos de decoração, literatura de cordel e produtos derivados da fruta, como cajuína, bolos, mel e doces. Os visitantes podem, ainda, assistir a palestras, ver fotos antigas, as quais mostram a história do Caju no Estado do Ceará. Para visitas, fora de grupos, somente aos domingos e alguns feriados, das 9 às 16 horas. Agendar pelo fone: (85) 3237.2687