Canindé começa a distribuir sementes do Hora de Plantar

28 de janeiro de 2020 - 14:31 # #

Aécio Santiago - aecio,santiago@ematerce.ce.gov.br fotos: Everton Félix

Nesta segunda-feira (27), no escritório da Ematerce, no município de Canindé, agricultoras e agricultores começaram a receber as sementes do Programa Hora de Plantar. No total, 2.627 agricultores estão cadastrados e com demandas no programa.

Manhã de segunda-feira movimentada, no escritório da Ematerce de Canindé, para dar continuidade ao calendário de entrega das sementes do Programa Hora de Plantar, do Governo do Ceará, coordenado pela Secretaria do Desenvolvimento Agrário, com acompanhando e execução da Ematerce em todo o estado.

No município, foram entregues, do total de 21.200 quilos de sementes, 18.900 quilos de milho variedade e 500 quilos de milho híbrido, 156 mil raquetes de palma forrageira, 3.100 de essências florestais e 1.820 quilos de sorgo 1.820. Os tipos de essência entregues foram sabiá, aroeira, cedro, caju, cajá, manga e goiaba. Na ocasião, acompanharam a entrega o secretário de Agricultura de Canindé Roberto Lopes, o presidente da Ematerce e gerente regional Antônio Amorim e Onésimo Pereira Lima, respectivamente.

Para o agricultor Antonio de Araújo Silva, 58 anos, apesar de não ter chovido o suficiente, a chegada do milho e do sorgo é muito importante, para começar a trabalhar, principalmente, o sorgo, para alimentação dos animais, no seu caso, 12 caprinos. “Queria que tivesse alguma coisa de algodão, porque já íamos aproveitar também. Mas, com esse milho e o sorgo, já ajuda a gente demais”, disse Antônio.

José Ferreira de Medeiros, 56, da comunidade Monte Orebe, também comemora a distribuição das sementes e planeja o plantio em seu sítio. Além do milho, ele trabalha com feijão, cana da Índia, batata e macaxeira. Para o produtor, é importante não ficar dependente, apenas, de uma cultura e, por isso, cria gado, porcos e aves.

Investimento

Segundo o presidente da Ematerce, Antônio Amorim, a demanda por feijão vem caindo, a cada ano, do programa, porque a maioria dos produtores já têm boas reservas do grão nas propriedades. Ano passado, o pedido era de 90 toneladas e, neste ano, recebidas 36 toneladas, porque as empresas fornecedoras têm dificuldade de entrega dentro do pré-requisito de qualidade, exigida no edital, além do custo final maior.

“Dentro das exigências, para fornecimento das sementes, o produto precisa ter 86% de germinação, para garantir a qualidade do produto, que será distribuído ao agricultor. Então, verificamos que o investimento, no milho, sorgo e palma, possibilitava melhor aproveitamento, por parte dos agricultores, beneficiados pelo programa. A palma e o sorgo, por exemplo, têm sido uma das bem-sucedidas estratégias de reserva alimentar animal”, comentou Amorim.